21 fevereiro, 2011

Posição de Portugal no Conselho de Segurança votando contra a actividade colonial ilegal de Israel nos territórios palestinos ocupados

ACTUALIZAÇÂO em 2011.02.22 - 18:45

Com a inserção no fim deste post do texto original (em inglês) da declaração do Embaixador José Filipe Moraes Cabral, Representante Permanente de Portugal nas Nações Unidas, na reunião do Conselho de Segurança, do passado dia 18 de Fevereiro de 2011, sobre a a proposta de resolução sobre a situação no Médio Oriente, incluindo a questão da Palestina (S/2011724).

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Declaração (em inglês) do Embaixador José Filipe Moraes Cabral, Representante Permanente de Portugal nas Nações Unidas, na reunião do Conselho de Segurança, do passado dia 18 de Fevereiro de 2011, sobre a a proposta de resolução (S/2011724) que teria condenado a actividade colonial de Israel [nos territórios palestinos ocupados ilegalmente], que Portugal e os restantes membros do Conselho a votaram favoravelmente, com uma única excepção:  a dos EUA que a vetaram.

A proposta de resolução que foi patrocinada por quase dois terços dos membros das Nações Unidas, nomeadamente por Portugal, caracterizava como ilegais os colonatos israelitas em territórios palestinos ocupados desde 1967 reiterando a exigência para que todas as atividades de colonização cessassem imediatamente.


O Embaixador José Filipe Moraes Cabral declarou que a posição da sua delegação sobre a construção de colonatos era bem conhecida. A posição inalterada de Portugal tem sido de que a construção de colonatos é ilegal. Além disso, a actividade de colonização e de crescimento natural em e nos arredores de Jerusalém Oriental e em outras partes do território palestino ocupado corrói as esperanças de paz e devem cessar imediatamente.

O Embaixador convidou ambas as partes a regressarem às negociações directas em questões fundamentais, logo que possível, afirmando que o objectivo deve ser, como sempre, o estabelecimento de dois Estados vivendo lado a lado em paz.

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Explanation of vote by the Representative of Portugal, H. E. Ambassador José Filipe Moraes Cabral, on the Resolution on the situation in the Middle East, including the question of Palestine, in the Security Chamber (New York, 02.18.2011)

6484th Meeting of the Security Council

Madam President,

Portugal’s position on Israeli settlements in the Palestinian Occupied Territory is well known. We have repeatedly stated that settlements, including in East Jerusalem, are illegal under international law and an obstacle to peace. This has also been the position of the European Union. So it will not surprise you, Madam President, if my statement follows closely that of France, Germany and the United Kingdom.

Settlements thwart attempts to move the negotiations process forward, they also erode the prerequisites of the two state solution – a goal we remain firmly committed to. All settlement activities, including natural growth, in East Jerusalem and the rest of the West Bank should cease immediately.

Our ultimate goal remains that of a lasting, just and comprehensive peace in the Middle East. A peace based on the creation of a sovereign, independent, democratic, contiguous and viable Palestinian state, living in peace and security side by side with Israel and its other neighbours.

Therefore, we call on both parties to return as soon as possible to direct negotiations towards an agreement on all core issues by September 2011.

The parameters of a final status agreement are known to all:

− a Palestinian State based on the June 4 1967 borders,
− security arrangements that fully respect the sovereignty of the Palestinian State while protecting the security of both Palestinians and Israelis,
− Jerusalem as the capital of two States, according to modalities to be negotiated between the parties on its status, and
− a just, fair and agreed solution to the refugee problem.

The Palestinian Authority has worked diligently in preparing for statehood. In doing so, it has proven itself as a dependable partner and demonstrated its capacity to assume full sovereignty as an independent, democratic and peaceful state, living in peace with Israel.

As I have previously stated, it is essential that the parties urgently resume direct negotiations. Our aim is an agreement on all final status issues. With this in mind, we look forward to active international and regional diplomatic efforts so we can indeed welcome Palestine as a full member of the United Nations by September 2011.

I thank you.

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