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06 agosto, 2010

Anunciada organização de novo comboio de ajuda humanitária para Gaza

Os organizadores da frota de barcos que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza e que foi atacada em Maio pelo Exército israelita anunciaram hoje que têm a intenção de enviar um segundo comboio, noticiou o Stockholm News.

"Estamos a planear uma nova frota em direcção a Gaza, que esperamos que seja ainda maior e mais bem-sucedida que a anterior, e que incorporará muitas outras organizações", disse, numa conferência de imprensa em Estocolmo, Dror Feiler, um activista da organização "Ship to Gaza" que ficou ferido no ataque militar israelita, do passado dia 31 de Maio, contra o comboio de embarcações civis que transportavam 700 activistas e toneladas de ajuda humanitária e que terminou com a morte de nove civis, oito turcos e um turco-americano e dezenas de feridos.

Feiler disse que a nova frota poderia partir rumo ao território palestino em meados do segundo semestre.

Membros da organização humanitária turca IHH e da "Freedom for Gaza", entre outras, também participaram no encontro de hoje em Estocolmo.

24 julho, 2010

Conselho dos Direitos Humanos nomeia comissão de inquérito ao ataque israelita ao comboio naval de ajuda humanitária

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) indicou, na passada sexta-feira, uma equipa de especialistas internacionais para "investigar violações ao direito internacional, incluindo das leis internacionais humanitárias e dos direitos humanos, resultantes do ataque israelita contra uma flotilha de navios trasportando ajuda humanitária" a 31 de Maio e que se dirigia para Gaza, pedindo para que todas as partes cooperassem.

Integram a equipa três especialistas independentes - o Juiz Karl Hudson-Phillips (Trindade e Tobago), que serviu no Tribunal Penal Internacional, como Juiz entre 2003 e 2007, Sir Desmond de Silva (Reino Unido), que chefiou a equipa de Procuradores no Tribunal Especial para a Serra Leoa, em 2005 e Mary Shanthi Dairiam (Malásia), que desde 2007 é membro da Task Force para a Igualdade do Género do Programa de Desenvolvimento da Nações Unidas, UNDP. O chefe da equipa ainda não foi nomeado.

O conselho de 47 países votou a favoravelmente a abertura de um inquérito independente em 2 de Junho para investigar o que chamou de violações da lei internacional no ataque de um comando de Israel em Maio, no qual nove activistas turcos pro-palestinos morreram.

"A expertise, a independência e a imparcialidade dos membros da missão estarão devotadas a esclarecer os acontecimentos ocorridos naquele dia e sua legalidade" afirmou o embaixador da Tailândia Sihasak Phuangketkeow, actual presidente do conselho. "Pedimos que as partes cooperem totalmente com a missão e esperamos que essa missão contribua para a paz na região e para que se faça Justiça às vítimas.

A marinha israelita abordou em águas internacionais a flotilha humanitária que se dirigia a Gaza, em 31 de Maio, matando oito turcos e um turco-americano a bordo de um navio de pavilhão turco. Israel afirmou que seus soldados agiram em autodefesa e rejeitou os pedidos para um inquérito internacional sobre a operação.

A equipa da ONU deve visitar, em Agosto, Israel, Turquia e Gaza com o objectivo de entrevistar testemunhas e recolher informações antes de apresentar o seu relatório ao conselho, em Setembro, por ocasião da sua 15.ª sessão, que terá início a 12 de Setembro, em Genebra, e se prolongará por três semanas.

Não ficou claro se Israel iria cooperar e permitir a visita da equipa, de acordo com fontes da ONU. Israel tem vindo a recusar uma investigação internacional tendo "montado" a sua própria "comissão de inquérito".

Recorda-se que o Conselho de Segurança já tinha condenado a intercepção, pelas forças armadas israelitas, de um comboio de 6 navios transportando ajuda humanitária para Gaza, em águas internacionais, matando nove e ferindo dezenas de civis.

Saiba mais sobre:



A página sobre Israel no site do Gabinete da Alta-Comissária dos Direitos Humanos (OHCHR);

A página sobre os Territórios Palestinos Ocupados no site do Gabinete da Alta-Comissária dos Direitos Humanos (OHCHR).