26 setembro, 2011

Também na CML os socialistas já tinham dito não ao reconhecimento da Palestina

Só hoje encontrei notícia de decisões que foram tomadas no passado dia 13, na Assembleia Municipal da CML sobre o reconhecimento da Palestina. 

É uma notícia datada de 23 de Setembro produzida de forma desenvolvida, pelo jornalista Paulo Alexandre Amaral, para a RTP, com o título" Socialistas lisboetas dizem "não" à proposta palestiniana".

No site da AM da CML ainda não consta a acta pelo que apenas dispomos desta fonte.

Conta a notícia - de que respigamos pequenos trechos que adiante apresentamos, recomendando a sua leitura por mais completa - que existiam duas propostas de moção, uma do BE e outra do PS  e que a do PS seria uma reacção ao que o PS considerou... "a “perspectiva errada e radical” dos bloquistas. Neste texto, o PS defende as negociações bilaterais como solução mais ágil para a delicada situação de “dois povos condenados a viver um com o outro”.

(A solução é tão "ágil" que há dezenas de anos que não resulta, o que não quer dizer que o caminho não terá forçosamente da passar por aí, mas noutras condições. Há que cortar o nó górdio dos modelos dependentes do unilaterismo dos EUA e da incapacidade da UE, Rússia e ONU quebrarem o enleamento e a subjugação, por razões políticas e económicas, ao "empata" americano.)

Na votação das moções o PS rejeitou a moção dos bloquistas onde estes saudavam o reconhecimento do Estado palestiniano por um amplo número de nações na ONU, acompanhado pelo PPM/MPT.

(A propósito do MPT aqui ficam as respostas que Pedro Quartin Graça, então Presidente do Partido da Terra (MPT) nos deu a um questionário Questões sobre a Palestina dirigidas aos candidatos às Eleições Europeias" realizado em 2009.)

Com a recusa do PS, o BE contaria, no entanto, com os votos favoráveis do PSD (que reprovam no entanto o boicote a Israel), PCP, Verdes e seis deputados independentes; o CDS optou pela abstenção.

O sentido de votação socialista não impediria o Bloco de dar a sua aprovação ao texto do PS, sentido de voto que foi acompanhado pelo grupo do PCP e pelo CDS. (Não consta a informação sobre o sentido de voto dos outros partidos, nomeadamente do PSD, quanto à moção do PS.)

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