29 novembro, 2011

“Para o ano em Jerusalém, capital das duas Nações”.


Em 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou, pela resolução 181, o Plano de Partilha da Palestina que consubstanciava a criação de dois estados independentes, um Árabe e outro Judeu ("Independent Arab and Jewish States") e para Jerusalém um regime especial ("Special International Regime for the City of Jerusalem") sob administração das Nações Unidas.

Em 14 de Maio de 1948 foi declarada unilateralmente a independência de Israel.

Em 15 de Maio de 1948 cinco estados árabes – Egipto, Jordânia e Síria apoiados por contingentes da Arábia Saudita e do Iémen - dos sete estados (os outros dois eram o Líbano e o Iraque) que então compunham a Liga Árabe invadiram a Palestina.

Em 1977, passados 30 anos, a Assembleia Geral da ONU, "profundamente preocupada por não ter sido alcançada nenhuma solução para o problema da Palestina, e por este continuar a agravar o conflito no Médio Oriente, de que é o cerne, e a pôr em perigo a paz e a segurança internacionais adoptou a resolução 32/40 B em que se proclama o “Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino”, a celebrar em cada 29 de Novembro, convidando "todos os Governos e organizações a cooperar na implementação da presente resolução".

Hoje, passados que são outros 34 anos, sem que haja fim à vista para um conflito que se mantêm porque Israel pretende consolidar e expandir a sua colonização sobre os territórios palestinos ocupados, na construção do Grande Israel (Eratz Israel), celebramos mais um dia de solidariedade cheio de palavras mas vazio de acções concretas por parte da comunidade internacional.

Parafraseando o antigo voto judaico “Para o ano em Jerusalém”, digamos:

“Para o ano em Jerusalém, capital das duas Nações”.

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