Há muito que não vejo o "Festival". E hoje não foi excepção. Quando me contaram que uma canção dos "Homens da Luta" tinha ganho, fiquei espantado. Lá me explicaram que quem decidiu realmente tinha sido o voto do público pelo telefone.
Como não gosto do estilo nem das intervenções que os já os vi fazer, até fiquei com pena dos outros concorrentes que lá tinham ido por motivos sérios.
Com base no artigo publicado no DN, "Homens da Luta vencem Festival RTP da Canção", fui primeiro ouvir a canção que era referida como virtual vencedora, de acordo com a votação das 20 equipas de jurados (18 distritos e Açores e Madeira): a canção "São os barcos de Lisboa", com letra e música de Carlos Massa e interpretada por Nuno Norte.
Ouvi e não gostei. Se esta era a melhor das "sérias", nem quero saber como serão as outras.
Depois enchi-me de paciência para ouvir os "Homens da Luta". E em vez da "palhaçada" que esperava - preconceito claro - encontrei uma música simples, fresca e agradável, suportando uma letra de protesto, também ela singela.
Parabéns aos "Homens [e Mulheres] da Luta".
E para a leitura desta vitória concorre, para além das qualidades da canção, que não sendo uma obra prima é um trabalho escorreito, o eco que o seu tema encontrou nos sentimentos de protesto e de revolta e no desejo de um novo rumo para este nosso Portugal.
E para a leitura desta vitória concorre, para além das qualidades da canção, que não sendo uma obra prima é um trabalho escorreito, o eco que o seu tema encontrou nos sentimentos de protesto e de revolta e no desejo de um novo rumo para este nosso Portugal.
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