Budrus — o
documentário que retrata a resistência de uma aldeia palestino-israelita à
construção, por Telavive, do muro de segregação entre as duas comunidades
– ainda não tem uma versão em português, mas a sua directora, Júlia Bacha,
é brasileira.
O documentário foi premiado em festivais internacionais como os de Berlim,
São Francisco e Tribeca.
A resenha institucional do filme (em inglês) pode ser lida aqui.
O documentário destaca um organizador de base palestino, Ayed Morrar, que
“uniu membros do Fatah, do Hamas e apoiantes israelitas num movimento desarmado
para salvar a sua
aldeia, Budrus, de ser destruída pelo Muro de Separação de Israel”. A luta,
vitoriosa, deu-se em 2003. A sinopse frisa: “Muitos dos activistas que se
somaram aos moradores de Budrus continuam a apoiar acções de não-violência” na
Palestina e em Israel.
Júlia Bacha é uma das integrantes da Just Vision, uma rede internacional de comunicadores e educadores,
formada em torno de uma cultura de paz e dos esforços para descolonizar a
comunicação.
A ideia de articular a rede surgiu quando se percebeu que há, na Palestina e
em Israel, “milhares de pessoas dispostas a lutar pelo fim da violência e da
ocupação, preservar os direitos humanos, promover a reconciliação e construir
um futuro livre, sustentável e seguro para todos”. Embora estas pessoas
promovam inúmeras ações, elas são em geral obscurecidas pela media — que
prefere estampar imagens da destruição causada pelas investidas do exército
israelita ou pela explosão dos homens-bomba.
Nota: Este post foi originalmente publicado por Antonio Martins.
Nota: Este post foi originalmente publicado por Antonio Martins.
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