ACTUALIZAÇÃO:
O Musée de l’Elysée decidiu retirar, ontem dia 21, o seu apoio à concretização do Lacoste Elysée Prize dado considerar intolerável a censura imposta pela Lacoste à artista palestina Larissa Sansour!
Communiqué de presse
Lausanne, 21 Decembre 2011 – Le Musée de l’Elysée a décidé de suspendre l’organisation du Prix Lacoste Elysée 2011. Introduit en 2010 pour soutenir les jeunes photographes, ce prix est d’un montant de 25.000 euros.
Pour cette édition 2011, 8 artistes ont été sélectionnés pour concourir. Il leur a été demandé de produire 3 photos sur le thème de la joie de vivre.
Chacun d’entre eux, doté d’une bourse de 4000 euros, avait carte blanche pour interpréter ce thème comme il l’entendait, de manière directe ou indirecte, avec authenticité ou ironie, en se basant, ou pas, sur son travail antérieur.
Un jury d’experts devait se réunir à la fin janvier pour choisir le gagnant de ce prix.
Le Musée de L’Elysée vient de prendre cette décision de tout suspendre, en raison du souhait du partenaire privé d’exclure Larissa Sansour, une des 8 candidats retenus.
Nous réaffirmons notre soutien à Larissa Sansour, pour la qualité artisitque de son travail et de son engagement.
Le Musée de L’Elysée lui a même proposé d’exposer sa série « Nation Estate »dans son enceinte.
Depuis 25 ans, le Musée de l’Elysée défend avec force des artistes, leur travail, la liberté artistique et la liberté d’expression. En prenant cette décision aujourd’hui, le Musée de l’Elysée est fidèle à son engagement envers ses valeurs fondamentales.
O post original:
A charge de kalahasch, à censura da Lacoste, no seu artigo “LACOSTE ECARTE UNE ARTISTE PALESTINIENNE DE LA COMPETITION” publicado no Le Post.
O Musée de l’Elysée decidiu retirar, ontem dia 21, o seu apoio à concretização do Lacoste Elysée Prize dado considerar intolerável a censura imposta pela Lacoste à artista palestina Larissa Sansour!
Communiqué de presse
Lausanne, 21 Decembre 2011 – Le Musée de l’Elysée a décidé de suspendre l’organisation du Prix Lacoste Elysée 2011. Introduit en 2010 pour soutenir les jeunes photographes, ce prix est d’un montant de 25.000 euros.
Pour cette édition 2011, 8 artistes ont été sélectionnés pour concourir. Il leur a été demandé de produire 3 photos sur le thème de la joie de vivre.
Chacun d’entre eux, doté d’une bourse de 4000 euros, avait carte blanche pour interpréter ce thème comme il l’entendait, de manière directe ou indirecte, avec authenticité ou ironie, en se basant, ou pas, sur son travail antérieur.
Un jury d’experts devait se réunir à la fin janvier pour choisir le gagnant de ce prix.
Le Musée de L’Elysée vient de prendre cette décision de tout suspendre, en raison du souhait du partenaire privé d’exclure Larissa Sansour, une des 8 candidats retenus.
Nous réaffirmons notre soutien à Larissa Sansour, pour la qualité artisitque de son travail et de son engagement.
Le Musée de L’Elysée lui a même proposé d’exposer sa série « Nation Estate »dans son enceinte.
Depuis 25 ans, le Musée de l’Elysée défend avec force des artistes, leur travail, la liberté artistique et la liberté d’expression. En prenant cette décision aujourd’hui, le Musée de l’Elysée est fidèle à son engagement envers ses valeurs fondamentales.
O post original:
A charge de kalahasch, à censura da Lacoste, no seu artigo “LACOSTE ECARTE UNE ARTISTE PALESTINIENNE DE LA COMPETITION” publicado no Le Post.
A imagem original, objecto da charge, foi concebida pela artista gráfica palestina Larissa Sansour especialmente para concorrer ao Lacoste Elysée Prize 2011.
Esta imagem é uma das que compõem o trabalho apresentado a concurso por Larissa Sansour e que podem encontrar no seu site pessoal.
As três peças apresentadas a concurso, serão integradas num projecto mais global, em desenvolvimento, de fotografia e vídeo denominado "Estado Nação", uma ideia que foi despoletada pela apresentação da candidatura da Palestina à ONU.
Situado no interior de um pedaço sombrio de arquitetura hi-tech, esta narrativa fotográfica antevê "la joie de vivre" de um Estado palestino nascendo das cinzas do processo de paz.
Nesta visão distópica, os palestinos têm o seu estado na forma de um arranha-céu único: o "Estado Nação". Cercado por um muro de concreto, este colossal arranha-céus hi-tech abriga toda a população palestina - finalmente, vivendo uma boa vida. Cada cidade tem o seu próprio piso: Jerusalém, o terceiro; Ramallah, o quarto. As viagens entre cidades anteriormente perturbadas por checkpoints são feitas agora pelo elevador.
Buscando um sentimento de pertença, o átrio de cada andar reencena praças e monumentos icônicos - as portas dos elevadores do piso de Jerusalém abrem-se para a Cúpula do Rochedo, em tamanho real. Construído fora da cidade de Jerusalém, o edifício também tem vistas para a cúpula de ouro a partir dos andares superiores.
O projeto "Estado Nação" consiste em 8-10 fotografias de grande formato. Está programado para produção no início de 2012.
Além da série de fotos, uma versão em vídeo da sci-fi "Estado Nação" está actualmente em produção.
É interessante notar que para esta edição do Lacoste Elysée Prize 2011, fora escolhido o tema "joie de vivre" e as instruções, segundo o “Le Monde” teriam sido assim formuladas:
As três peças apresentadas a concurso, serão integradas num projecto mais global, em desenvolvimento, de fotografia e vídeo denominado "Estado Nação", uma ideia que foi despoletada pela apresentação da candidatura da Palestina à ONU.
Situado no interior de um pedaço sombrio de arquitetura hi-tech, esta narrativa fotográfica antevê "la joie de vivre" de um Estado palestino nascendo das cinzas do processo de paz.
Nesta visão distópica, os palestinos têm o seu estado na forma de um arranha-céu único: o "Estado Nação". Cercado por um muro de concreto, este colossal arranha-céus hi-tech abriga toda a população palestina - finalmente, vivendo uma boa vida. Cada cidade tem o seu próprio piso: Jerusalém, o terceiro; Ramallah, o quarto. As viagens entre cidades anteriormente perturbadas por checkpoints são feitas agora pelo elevador.
Buscando um sentimento de pertença, o átrio de cada andar reencena praças e monumentos icônicos - as portas dos elevadores do piso de Jerusalém abrem-se para a Cúpula do Rochedo, em tamanho real. Construído fora da cidade de Jerusalém, o edifício também tem vistas para a cúpula de ouro a partir dos andares superiores.
O projeto "Estado Nação" consiste em 8-10 fotografias de grande formato. Está programado para produção no início de 2012.
Além da série de fotos, uma versão em vídeo da sci-fi "Estado Nação" está actualmente em produção.
É interessante notar que para esta edição do Lacoste Elysée Prize 2011, fora escolhido o tema "joie de vivre" e as instruções, segundo o “Le Monde” teriam sido assim formuladas:
"Todos são livres para abordar o tema como lhe aprouver, seja directa ou indirectamente, com autenticidade ou escárnio, com base numa obra já existente ou pela criação."
A composição fotográfica elaborada por Sansour, tinha sido elegida em Novembro como uma das oito finalistas do Lacoste Elysée Prize 2011.
A composição fotográfica elaborada por Sansour, tinha sido elegida em Novembro como uma das oito finalistas do Lacoste Elysée Prize 2011.
Em Dezembro, quando Art Review publicou os trabalhos pré-selecionados, a
composição não apareceu e o nome de Sansour tinha sido apagado da
lista dos finalistas.
Uma imagem capturada pela The Electronic Intifada do site oficial do Lacoste Elysée Prize 2011 prova que o nome de Sansour constava da lista de finalistas pelo menos até 12 de Dezembro, tendo sido posteriormente removido.
Ainda segundo o Le Monde foi a Lacoste que pressionou o museu Elysée de Lausane, - que também não fica nada bem na "fotografia", até pelas acrescidas responsabilidades enquanto organismo cultural - recusando apoiar um trabalho "demasiado pró-palestino". Para evitar a "má publicidade", os organizadores pediram a Larissa Sansour para assinar um documento onde se afirmava ter sido ela que tinha decidido pessoalmente abandonar a competição "a fim de se consagrar a outras oportunidades." Ao que ela se recusou, afirmando-se "profundamente chocada".
Neste momento as sugestões que correm contra este despudorado acto de censura são as seguintes:
a) A mais comum : Boicote a todos os produtos da Lacoste;
b) E a sugestão do blog "Lunettes rouges": Escrever aos 7 artistas entretanto selecionados para lhes pedir que se retirem do concurso por solidariedade. Aqui estão os seus endereços (todos os endereços de e-mail são públicos e provenientes dos seus sites):
- info@charlesfreger.com;
- info@ph0.ch;
- metzger.olivier@neuf.fr;
- contact@trishmorrissey.com;
- taiyo-nico@gmx.net;
- info@annaskladmann.com;
- info@juliasmirnova.com
c) Sugerir aos membros (presumivelmente) independentes do júri que recusem a atribuição do Prémio sobre a pressão da censura.
Sam Stourdzé, director do Musée de l'Elysée
(laurence.hanna-daher@vd.ch), que, é preciso dizer, ofereceu uma exposição individual a Larissa Sansour,
e na hipótese de os membros do júri
serem os mesmos do ano passado, os membros independentes são contactáveis através dos seguintes endereços:
- michel.mallard@gmail.com;
- contact@henricartierbresson.org pour Agnès Sire;
- tomwatt@artreview.com
E já agora os endereços dos dois membros do júri que representam a Lacoste são:
- contact@felipeoliveirabaptista.com (com a peculiaridade de ter um nome bem português);
- info@christophepillet.com
Estas últimas sugestões são respigadas
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