29 julho, 2010

Para evitar o desastre parem de isolar o Hamas


Um artigo assinado por Lord Patten of Barnes, presidente da Medical Aid for Palestinians, no FT,que começa assim:

"Como todos sabemos, a paz chegará ao Médio Oriente quando Israel e a Palestina concordarem com uma solução de dois Estados, com um Estado palestino viável levantando-se dos escombros de mais de 60 anos de turbulência para viver pacificamente ao lado de Israel dentro das fronteiras de 1967 modificadas por meio de negociação.

Tudo o que é necessário é vontade política, liderança corajosa e vento de feição.

No entanto, os visitantes de Israel e da Palestina ocupada podem exigir quantidades cada vez maiores de fé cega para ir repetindo este mantra.
Não há outro resultado aceitável. Mas as oportunidades de intervenções externas dinâmicas, necessárias para que isso aconteça, parecem insignificantes.
"

E continua enunciando os factos que se desenvolvem no terreno, desde a expansão dos colonatos, à construção do Muro, ao cerco de Jerusalém Oriental, ao bloqueio de Gaza, que a cada dia tornarão menos possível construir uma solução para a paz sobre o modelo de "Dois Estados.", referindo que "ao tentar isolar o Hamas, esquecemos todas as lições que apendemos na Irlanda do Norte quando negociamos com Sinn Féin/IRA."

Concluindo:

"Os colonatos crescem. Os planeadores conspiram. Os despejos continuam. Os políticos discutem, intrigam e prevaricam. Os habitantes de Gaza cumprem a sua interminável pena de prisão. Não é hora para os E.U.A., a Europa, a Liga Árabe e outras partes interessadas auxiliarem Israel e a Palestina, numa deriva para um futuro desastre. 
 
Devemos tentar acabar com a fragmentação da Palestina e de promover uma reconciliação entre o Hamas e o Fatah.

Devemos também propor numa resolução do Conselho de Segurança o que pensamos que um acordo na Palestina e Israel deve compreender, e depois trabalhar para alcançá-lo. Se outros não se associarem a União Europeia deve fazê-lo sozinha.
Se não agirmos depressa, os "factos no terreno" sairão vitoriosos. Essa é uma perspectiva sombria para a região e para o resto de nós."

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