A Associação da Imprensa Estrangeira em Israel (FPA) denunciou no passado sábado repetidos ataques e maus tratos das forças de segurança israelitas aos jornalistas que trabalham no território palestino ocupado da Cisjordânia.
"Nos últimos meses, esses jornalistas foram assediados, detidos e atacados pelas forças de segurança, que estavam nos locais onde se desenrolavam eventos ou incidentes, antes mesmo que estas prestassem atenção aos activistas e manifestantes", diz a associação em comunicado.
Na nota, a FPA "protesta firmemente" contra o que entende ser "uma mudança de política por parte da Polícia de Fronteira (israelita) e das Forças de Defesa de Israel (IDF), quanto à legítima cobertura de notícias" nesse território palestino, onde semanalmente acontecem manifestações contra a ocupação israelita que são cobertas por meios de comunicação de todo o mundo.
A FPA pede ainda às autoridades israelitas que "lembrem às forças envolvidas que a cobertura de notícias livre de obstáculos é amplamente reconhecida como parte da essência da democracia". "Em geral, isso não inclui golpear com um bastão a cara e a perna de um fotógrafo claramente identificado que trabalha para uma empresa de notícias conhecida e credenciada ou lançar uma granada, de concussão, sobre a cabeça de um fotógrafo claramente identificado, fazendo-o perder a audição, ou apreender equipamento, ou deter fotógrafos, operadores e jornalistas", afirma o texto.
A FPA é uma associação sem fins lucrativos que representa cerca de 400 jornalistas que trabalham em Israel e nos territórios palestinos para jornais, rádios, televisões, revistas e agências de notícias estrangeiras.
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