31 maio, 2010

O silêncio de Cavaco Silva quanto às vítimas do acto de agressão israelita

Durante o seu mandato até hoje o Presidente da República já enviou 101 mensagens de condolências - pelo menos foi este o número que surgiu quando fiz uma pesquisa no site da PR utilizando o termo "condolências.

Mensagens de condolências pelo falecimento de figuras portuguesas ou da cena internacional; ou pelas vítimas de desastres naturais - sismos, cheias, intempéries; por acidentes de viação, aviação e ferroviários e até pelo rebentamento de paióis.

E também às vítimas dos seguintes (7) actos de terrorismo::
  • 2006.06.12 - Ataques terroristas na Índia
  • 2007.04.12 - Atentados sangrentos na Argélia
  • 2007.12.27 - Atentado contra Benazir Bhutto
  • 2008.05.19  - Atentado em Jaipur
  • 2008.11.27 - Acto de terrorismo em Mumbai
  • 2009.07.17 - Terrorismo em Jakarta
  • 2010.03.29 - Actos de terrorismo em Moscovo
Verifico, com surpresa e desagrado, que Sua Excelência ainda não teve tempo de enviar, (2010.05.31 - 22:48) pelo menos para a Turquia, uma mensagem de condolências às famílias dos activistas humanitários, que pereceram sobre o tombadilho de um barco de bandeira turca, em águas internacionais, às mãos de um grupo de comandos israelitas, num acto que muitos consideram um acto de pirataria, contrário ao Direito Internacional, em geral, e à Convenção do Direito do Mar, em especial.

Primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, acusou Israel de terrorismo de Estado

O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, acusou Israel de terrorismo de Estado nesta segunda-feira após ter tomado conhecimento que comandos israelitas tinham atacado um navio turco que levava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.


"Esta ação, totalmente contrária aos princípios da lei internacional, é um terrorismo de Estado desumano. Ninguém deve pensar que ficaremos quietos perante isto", declarou Erdogan a jornalistas no Chile, onde se encontrava em visita de Estado.

Erdogan encurtou uma visita oficial à América Latina para regressar à Turquia para gerir esta crise diplomática.

Fugiu-lhe a boca para a verdade: Presidente alemão renuncia

Presidente alemão renuncia após comentário sobre guerra e interesses comerciais

O presidente alemão, Horst Koehler, surpreendeu o país ao anunciar nesta segunda-feira a sua renúncia ao cargo após ser amplamente criticado por declarações ligando ações militares aos interesses comerciais alemães. 

Koehler afirmou em visita ao Afeganistão que um país como a Alemanha, que depende fortemente do comércio exterior, deveria saber que intervenções militares eram necessárias para defender os interesses alemães. 

Israel aconselhou a todos os israelitas que abandonassem a Turquia.

 Uma jogada de mestre.

Põe a Turquia, até aqui o seu principal aliado regional, ao nível de um país que não consegue assegurar a segurança a quem por lá vive, por ser judeu. E tenta recolher mais 26.000 colonos de lá vindos para reforçar a colonização dos Territórios Ocupados da Palestina.

O que nos conta a história é que na Turquia, apesar de ser um país de maioria islâmica, a comunidade judaica raramente sofreu com o anti-semitismo populista, quer durante o Império Otomano, quer na actual fase Republicana.

Só após 1948 é que o anti-sionismo e o anti-semitismo se desenvolveram. Mas os ataques que a comunidade judaica sofreu até aqui não tiveram um cunho popular mas antes cirúrgico e tendo por base organizações externas à própria Turquia.

Os ataques - 3 - tiveram como alvo central a sinagoga de Neve Shalom, situada em Istambul.

O primeiro, ocorreu em 6 de Setembro de 1986, num ataque em que morreram 22 crentes e 6 ficaram feridos, e que foi levado à prática pelo grupo palestino Abu Nidal;

Em 1992, o Hezbollah colocou uma bomba na sinagoga mas ninguém ficou ferido;

Em 2003 houve outro ataque a esta sinagoga e ainda à sinagoga de Beth Israel, onde morreram 20 pessoas e ficaram feridas cerca de 300, entre judeus e muçulmanos: Apesar de uma organização radical turca, ter reclamado a responsabilidade pelo atentado, este nunca lhe foi atribuído face à sofisticação do material utilizado.

Belgica: MNE belga caracteriza ataque como "desporporcionado"...Ah! de espanto

O ataque militar israelita à flotilha de apoio humanitário a Gaza, "parece que foi um pouco desporporcionado" (“looks like it was rather disproportionate,”) declarou o Senhor Steven Vanackere, MNE belga à estação de televisão RTBF.

O senhor Vanackere acrescentou que o direito de Irael viver em paz é imensamente importante, mas qualificou a força usada  no ataque como "extremamente deplorável.”

Vanackere não prestou mais declarações, afirmando que necessitava de mais informações.

Membro do Parlamento Turco poderá estar entre as vítimas. Primeiro navio apresado chega a Israel.

A Humanitarian Aid Foundation (İHH), uma coligação de NGOs turcas que colaboraram na organização da flotilha que transportava ajuda humanitária para Gaza, afirma existirem, 15 mortos, na maioria turcos, um dos quais seria um parlamentar.

Entretanto o primeiro navio apresado pelos israelitas já entrou em Ashdod , um dos locais escolhidos por Israel para fundear os navios e receber os feridos.

Turquia: Crescem os protestos contra Israel

Centenas de pessoas protestam contra o ataque israelita à flotilha que transportava ajuda humanitária para Gaza, junto do consulado israelita em Istambul, de acordo com a Israel National News.

Um dos organizadores da flotilha Yardim Vakfi declarou que os manifestantes que se encontram junto do edifício do consulado irão dirigir-se para a Praça Taksim ao meio-dia (hora local) onde poderão manifestar-se em maior número. De seguida voltar
ão para junto do consulado, aonde permanecerão até que os detidos por Israel sejam libertados, segundo a  NTV Turquia.

Embaixadores da UE em reunião de urgência para.. questões avulsas

 Embaixadores da UE em reunião de urgência para discutir ataque de Israel - Mundo - PUBLICO.PT

Eu sei que caracterizar o ocorrido como "questões avulsas" não é de todo correcto, mas de facto, apesar da maioria não notar, morrem palestinos quase todos os dias, são presos sem culpa formadada, são torturados, brutalizados, reprimidos, oprimidos, descriminados, "desaparecem", apodrecem em prisões - até crianças - sem julgamento, tiram-lhe as casas e as terras, sobre falsos pretextos... e isto há sessenta e dois anos!

E os Ministros vão discutir este ataque?

Que o analisem, tudo bem, que nada irão resolver. Porque o cerne da questão é:
  • a ocupação ilegal do território palestino e a sua apropriação indevida pelos colonatos;
  • o bloqueio da Faixa de Gaza;
  • a situação dos refugiados palestinos;
  • a criação de um Estado Palestino independente, soberano, tendo como capital Jerusalém oriental, e com as condições e garantias necessárias para que viva e em Paz com o seu vizinho Israel;

Gaza: Quase 3 anos de "preocupação", enquanto isso... milhão e meio de seres humanos sofrem

Gaza: Governo português “profundamente preocupado” - Mundo - PUBLICO.PT

Estas hipocrisias não servem para nada. Nem já para enganar os tolos

Um "inquérito para apurar de forma imparcial as responsabilidades destes acontecimentos", para quê?

O Governo reitera ainda “a sua profunda preocupação com a situação humanitária em Gaza”.

Mas já lá vão quase três anos e até hoje nada se viu. 

SÃO UM MILHÃO E MEIO DE SERES HUMANOS QUE SOBREVIVEM NUM GUETO QUE SÓ ME TRAZ À MEMÓRIA O GUETO DE VARSÓVIA!

Pelo contrario, este Governo não vetou a entrada de Israel na OCDE, apesar de toda a trafulhice de Israel quanto aos dados estatísticos que apresentou englobando dados dos Territórios Palestinos Ocupados e sendo tal trafulhice reconhecida pelo próprio Departamento de Estatísticas da OCDE.

Acha o Sr. Ministro depois disto tudo me merece credibilidade e consideração?

ACTUALIZAÇÃO: 2010.05.31 16:51

Versão completa do comunicado do MNE, acima referido:



"O Governo português tomou conhecimento com profunda preocupação dos incidentes ocorridos esta madrugada com uma frota de navios que levavam ajuda humanitária para Gaza e que terão causado a morte de mais de dez dos seus ocupantes.


O Governo Português lamenta profundamente a perda de vidas humanas, condena o uso excessivo de força contra alvos civis, e apela a que seja rapidamente instaurado um inquérito para apurar de forma imparcial as responsabilidades destes acontecimentos.

O Governo Português reitera a sua profunda preocupação com a situação humanitária em Gaza e apela à total aplicação da Resolução 1860 do Conselho de Segurança e ao respeito pelo Direito Humanitário internacional."

Israel precisa: 10 mortos, sem ainda os identificar. Nos barcos atacados estavam deputados, jornalistas e muitos activistas

A bordo dos barcos atacados estavam deputados, jornalistas e muitos activistas - Mundo - PUBLICO.PT

Um porta-voz do Primeiro Ministro israelita Benjamin Netanyahu declarou que 10 pessoas foram mortas durante o ataque  à flotilha depois dos soldados israelitas terem sido atacados, e não 16 como anteriormente tinha sido divulgado. Fonte: NTV Turquia

As forças israelitas informaram que 10 soldados israelitas foram feridos, um deles seriamente. Fonte: Israel National News.


Parece que nestas coisas da contra-informação, existem números "mágicos", que surgem em estranhas coincidências. Gostava eu de ser matemático para fazer uma analíse à estranha coincidência de terem sido 10 o número de mortos sob fogo israelita, e de 10 o número de feridos dos atacantes israelitas. Mas o que parece balancear-se em números, nunca se equilibraria em vidas e para isso bastava uma que fosse.

Público faz extensa cobertura do acto de pirataria israelita, atacando um barco turco desarmado em águas internacionais

Pelo menos 15 mortos em ataque israelita a barcos que levavam ajuda a Gaza - Mundo - PUBLICO.PT

O Público está a fazer uma boa cobertura. A lêr e a seguir as actualizações

Falta-lhe informar que o ataque se deu fora das águas territoriais palestinas controladas pela potência ocupante, em contravenção com o direito internacional aplicável, nomeadamente a Convenção do Direito do Mar. Ou seja um acto de pirataria, contra um barco desarmado, sob bandeira da Turquia e que apenas transportava ajuda humanitária.

Refere desenvolvendo: a forte reação da Turquia, a posição da UE - que pede inquérito e fim do bloqueio da ONU - a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou-se “chocada” com o assalto do Exército israelita - da Autoridade Nacional Palestina, da Suécia, da França, da Liga Árabe.

Na única reacção até ao momento que não condena Israel, o secretário de Estado adjunto dos Negócios Estrangeiros italianos, Alfredo Mantica, considerou que a tentativa dos barcos de romperem o embargo israelita foi "uma provocação".

Turquia: Erdogan considera encurtar a sua viagem ao Chile devido ao ataque israelita


O Primeiro-Ministro turco Recep Tayyip Erdogan está a considerar encurtar a sua viagem ao Chile e regressar ao seu país após o ataque israelita a uma flotilha que transportava ajuda humanitária para Gaza, segundo a  NTV da Turquia.

Pirataria confirma-se. A flotilha foi atacada em águas internacionais

A flotilha transportando ajuda humanitária para Gaza foi atacada por forças navais israelitas em águas internacionais, a 65 quilômetros (35 milhas naúticas) da costa de Gaza, informou a Al-Jazeera.

A rádio do Exército israelita informou que os comandos israelitas que abordaram os navios abriram fogo depois de terem sido confrontados por pessoas portadoras de objetos cortantes. Os passageiros do navio contestam, dizendo que os comandos abriram fogo assim que abordaram o navio.

Turquia: Embaixador de Israel chamado ao ministério dos Negócios Estrangeiros

O embaixador israelita na Turquia foi convocado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, após o ataque israelita à flotilha que se dirigia para Gaza, com ajuda humanitária, de acordo com a Al Jazeera, que já anteriormente tinha informado que os responsáveis turcos iriam realizar uma reunião urgente para analisar o ataque.

Recordo que a Turquia tem sido um aliado estratégico de Israel na região.

Turquia: Manifestantes confrontam polícia junto ao Consulado de Israel

Segundo o Haaretz, dezenas de manifestantes arremessaram pedras contra as instalações do consulado de Israel em Istambul, entrando em confronto com a Polícia turca que guardava o edíficio.

Pirataria no Mediterrâneo: Soldados Israelitas abordaram o Maramara Mavi. 2 mortos e 50 feridos.


Soldados  israelitas armados abordaram o navio-chefe da flotilha "Free Gaza" que transporta material humanitário para a Faixa de Gaza, segundo a Al Jazeera noticiou esta manhã, O capitão do Marmara Mavi já tinha sido contactado por forças navais que tinha solicitado identificação e destino.

Mais tarde, dois navios israelitas passaram a flanquear o navio à distância. Os organizadores do comboio humanitário desviaram a flotilha e abrandaram a marcha, indicando aos passageiros que vestissem os coletes salva-vidas e que permanecessem no convés inferior.

Segundo o Haaretz, a intercepção foi feita por 3 navios lança mísseis, tendo na abordagem sido mortas duas pessoas e cinquenta ficaram feridas.  O Haaretz informa que tinha sido emitido um aviso afirmando que se a ordem para que evitassem a zona de bloqueio marítimo, não fosse cumprida a Marinha israelita tomaria todas as medidas necessárias para aplicar o bloqueio.

A informação indica que o navio abordado se encontrava a 65kms da costa (35 milhas nauticas), tudo indicando assim que se encontrava em águas internacionais. Consideram-se águas territoriais até ao limite de 12 milhas naúticas, sendo neste cas águas territoriais palestinas ocupadas por Israel.

Esta acção da marinha israelita ameaçando um navio desarmado, em missão humanitária, é uma violação flagrante do direito marítimo internacional e da Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, que estabelece que "…o alto-mar deve ser reservado para fins pacíficos."

Flotilha de 8 navios transportando 700 activistas e 10.000 toneladas de ajuda humanitária para Gaza enfrentam bloqueio israelita


Um comboio de seis navios que transporta 10.000 toneladas de ajuda humanitária partiu para Gaza no passado domingo, desafiando os avisos de Israel de que serão interceptados, apressados e conduzidos para Aschkelon, onde os activistas ficarão detidos e daí deportados.

Os navios, liderados por uma embarcação turca, partiram de águas internacionais próximas de Chipre, na tarde de domingo, transportando cerca de 700 activistas, incluindo escritores, jornalistas e parlamentares da Irlanda, da Suécia e da Turquia. 

"Se tudo correr bem e não houver problemas ou interrupções de qualquer tipo, deveremos chegar a Gaza por volta das 14 horas (tempo local) de amanhã (segunda-feira), declarou Mary Hughes-Thompson, porta-voz do movimento "Free Gaza", um das entidades organizadoras. 

A frota foi organizada por grupos pró-palestinos e por uma organização turca de direitos humanos. 

A Turquia pediu a Israel que permita a passagem da flotilha com segurança e afirmou que os navios transportam  apenas ajuda humanitária. 

A Turquia é um dos mais próximos aliados de Israel no Médio Oriente , mas o relacionamento entre os dois países tem vindo a degradar-se. Aliás o primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan tem criticado frequentemente as políticas de Israel quanto aos palestinos. 

Recorde-se que Israel e Egipto fecharam as fronteiras de Gaza após o Hamas, ter assumido o controlo do território em 2007 e que a tensão na região mantém-se elevada desde a agressão israelita a Gaza entre os finais de 2008 e Janeiro de 2009.

A população de Gaza, milhão e meio de seres humanos sobrevive à míngua de tudo, devido ao desumano bloqueio de Israel, apesar da ajuda das Nações Unidas.

De todas as formas Israel enfrenta um dilema insolúvel segundo Ismail Haniyeh, o líder do Hamas na Faixa de Gaza, que afirmou no passado sábado: “Se os navios chegarem a Gaza, é uma vitória para Gaza. Se forem interceptados e aterrorizados pelos Sionistas, será igualmente uma vitória para Gaza, e eles continuarão a vir com novos navios para quebrar o bloqueio a Gaza.”

Morreu Aryeh "Lova" Eliav, um opositor à colonização dos territórios palestinos

Aryeh "Lova" Eliav, uma das figuras históricas da esquerda israelita, morreu ontem domingo aos 89 anos.


Lova Eliav, guerrilheiro do Haganah, aos 15 anos, combatente voluntário na 2.ª Guerra Mundial, no exército britânico, ainda serviu na Haganah e depois nas IDF, até aos finais dos anos 50.

Sociólogo, professor, académico e político tornou-se num opositor da política de colonização dos territórios palestinos, tendo por isso apresentado a sua demissão do Partido Trabalhista em 1975.

Morreu um Justo.


Cinco navios querem romper bloqueio israelita a território palestino

Segundo a RTP1, a pequena frota deixou esta manhã as águas de Chipre e deve entrar em águas territoriais ao início da tarde. Transporta 700 activistas pró-palestinianos e 10 toneladas de ajuda, que incluem 100 casas pré-fabricadas, 500 cadeiras de rodas e equipamento médico. A iniciativa pretende romper o bloqueio imposto há três anos por Israel ao território palestiniano, mas o Governo israelita já avisou que vai interceptar os barcos.


30 maio, 2010

4 importantes organizaçoes internacionais apelam à libertação de Ameer Makhoul e o fim da perseguição às organizações de Direitos Humanos

Israel Must End Detention of Human Rights Defender Ameer Makhoul and Cease Harassment of Organizations

"Escapou-me" este importante apelo publicado no site da Euro-Mediterranean Human Rights Network a 19 de Maio, subscrito pelas seguintes organizações:

O teor do apelo, de qual traduzi o primeiro parágrafo, seguindo o restante em inglês é o seguinte:

As organizações abaixo assinadas apelam hoje (19/05) às autoridades israelitas para que libertem de imediato o Senhor Amer Makhoul, um um proeminente defensor dos direitos humanos e Director da Ittijah - União das Associações de Base da Comunidade Árabe em Israel.

On 6 May 2010, at 03:10 a.m., 16 members of the Israeli General Security Services (GSS) and the Israeli police force raided the family home of Mr. Ameer Makhoul. During the raid Mr. Ameer Makhoul was detained; until last night he was held in incommunicado detention and denied fundamental due process rights, including access to his lawyer.

Previously, on 21 April 2010, the Israeli Ministry of the Interior had imposed a travel ban on Mr. Makhoul, preventing him from leaving Israel.

On 17 May 2010, the Petah Tikvah Magistrate Court extended Mr. Makhoul’s detention until 20 May. This court hearing was the first time that Mr. Makhoul was granted access to his lawyers. Previously, Mr. Makhoul had not been allowed to attend court hearing and on one occasion his wife was forcibly removed from the hearing for “obstructing the proceedings”.



Mr. Makhoul was checked by a prison services doctor at the Petah Tikvah interrogation centre where he is being held. The doctor confirmed that he is suffering from pains in the head. After meeting him last night, Mr. Makhoul’s lawyers confirmed that he was suffering from exhaustion - as a result of sleep deprivation - and that he had been subjected to various forms of intensive interrogation, raising fears of possible torture or cruel, inhuman or degrading treatment; such abuses are more likely to occur during periods of incommunicado detention.

The GSS claims that Mr. Makhoul has been ‘meeting a foreign agent’ and ‘spying’. Adalah - The Legal Center for Arab Minority Rights in Israel – the organisation representing Mr. Makhoul together with Attorney Hussein Abu Hussein – remarks that such charges “allow the GSS to criminalize almost any Arab who establishes legitimate relations with political and social activists in the Arab world.” Mr. Omar Saeed, a political activist with the National Democratic Assembly - Balad, has also been detained based on the same accusations since 24 April 2010. During the initial stages of his detention, Mr. Saeed was subjected to sleep deprivation and other forms of ill-treatment.

The undersigned believe that Mr. Makhoul’s detention is arbitrary and amounts to harassment that appears intended only to sanction his activities as a human rights defender.

We further highlight that this harassment takes place in a context of an escalating campaign of arbitrary restrictions placed by Israeli authorities against human rights defenders in Israel and the Occupied Palestinian Territory. In recent months, a spate of legislation has been introduced in the Knesset to impose severe restrictions on human rights organizations. One such bill, supported by the government, seeks to ban foreign government funding to human rights organizations, while another bill, led by the opposition Kadima party, seeks to shut down organisations that cooperate with foreign entities on human rights issues and to suppress credible evidence relating to the commission of war crimes or other international crimes by Israeli political leaders and/or military officials.

Human rights defenders play a critical role in society. They represent an essential safeguard against the abuse of State power, including the denial of fundamental due process rights, and are an essential component in the fight to uphold the rule of law.

The undersigned call on the Israeli authorities to:
  • Ensure that all charges against Mr. Makhoul be dropped and that he is released immediately;
  • Guarantee in all circumstances the physical and psychological integrity of Mr. Makhoul and to protect him from any torture, or inhuman or degrading treatment;
  • Ensure that all detainees’ due process rights - including access to a lawyer - are respected;
  • Respect and protect the legitimate work of human rights defenders;
  • Ensure that all court proceedings are conducted in accordance with international standards, in particular those contained in the International Covenant on Civil and Political Rights;
  • End the current campaign of intimidation and any kind of harassment directed at human rights defenders and human rights organisations;
  • Conform in all circumstances with Israel’s obligations under international law, including under the International Covenant on Civil and Political Rights and the UN Convention Against Torture and Other Cruel, Inhuman or Degrading Treatment or Punishment, as well as the United Nations Declaration on Human Rights Defenders and the Universal Declaration of Human Rights.

Manif mostra disponibilidade dos portugueses para lutar, afirma Jerónimo de Sousa

Manif mostra disponibilidade dos portugueses para lutar - Expresso.pt

Um artigo-entrevista a Jerónimo de Sousa, sobre a manifestação da CGTP onde se fala do secretário-geral da UGT e das suas declarações contrárias a realização da manifestação pois poderia afectar a imagem de Portugal no estrangeiro.

Uma manifestação com a grandeza da de hoje, onde ficou demonstrado o civismo e a participação cidadã dos trabalhadores portugueses, num contexto de aguda crise, onde o Governo parece só ter à sua disposição medidas anti-sociais, só fortalece a posição dos trabalhadores portugueses e da sua central sindical, como uma força serena mas determinada, aos olhos de quem quer que seja.

CGTP: 300 mil na rua (vídeo com o discurso de Carvalho da Silva)

CGTP pôs 300 mil na rua (vídeo) - Expresso.pt

29 maio, 2010

Manifestação Nacional de 29 de Maio, convocada pela CGTP



Estava a preparar um post sobre a manifestação mas como não o concluí a tempo aqui fica o apelo da CGTP q.b.. 

Pode não se estar totalmente de acordo com as palavras de ordem da CGTP, até se pode concordar com algumas das medidas dos PECs, e todos estamos de acordo que temos que reduzir e controlar o deficite e a dívida pública, mas como cidadãos, este é um momento em que podemos dizer basta de tanta injustiça, e que existem outros que devem pagar esta crise de forma mais proporcional, quer à sua riqueza, quer na medida das suas responsabilidades objectivas para a situação a que isto chegou.

A insensibilidade social manifestada por este Governo do PS e seus aliados PSD E PP, REVOLTA-ME! As "medidas do costume" demonstram a sua incapacidade de encontrar soluções, que mitiguem a crise no curto prazo e que abram caminhos para um desenvolvimento sustentado e para uma verdadeira justiça social.

Mais tarde concluirei o post que estou a escrever sobre esta minha posição. Agora... tenho de ir para a Manifestação.

28 maio, 2010

Cohen-Bentid põe o dedo na ferida...

Confesso que Cohen-Bendit não é dos meus preferidos mas esta intervenção põe o dedo na ferida, contêm propostas interessantes e desmonta a hipocrisia dos países europeus que vendem armas.

Ameer Makhoul e Omar Saeed negam veementemente acusações

Adalah: "Incriminações forjadas transformadas em acusações tornaram-se, de forma assustadora, numa prática comum em casos de segurança em Israel. Pretendendo assim justificar o completo isolamento e o uso de métodos ilegais de interrogatório contra os detidos e a imposição de restrições à liberdade de expressão sobre os seus casos."

Hoje, quinta-feira 27 Maio de 2010, o Procurador do Estado de Israel apresentará acusações contra o Dr. Omar Saeed, um activista político que também dirige uma empresa líder em medicina natural e Ameer Makhoul, director da rede de ONGs árabes "Ittijah" e um defensor dos direitos humanos.

A acusação contra o Dr. Omar Saeed será apresentada junto do Tribunal do distrito da Nazaré e inclui os alegados crimes de contacto com um agente estrangeiro e de fornecimento de informações ao inimigo.

A acusação contra o Senhor Ameer Makhoul será apresentada perante o Tribunal do Distrito de Haifa. Makhoul onde será acusado de auxílio ao inimigo em tempo de guerra, conspiração para ajudar o inimigo, espionagem agravada e contacto com um agente estrangeiro.

O Dr. Saeed e Ameer Makhoul informaram os seus advogados de que negam veementemente tais acusações.

As prisões e os interrogatórios do Dr. Saeed e do Sr. Makhoul foram conduzidos em grave violação dos seus direitos fundamentais não respeitando o devido processo legal.

Além disso, as ordens de censura total foram imediatamente impostas nestes casos, o que impediu a divulgação dos actos ilegais cometidos contra eles pelos Serviços Gerais de Segurança (GSS ou Shabak).

O Dr. Saeed foi preso em 24 de Abril de 2010. Forneceu uma declaração clara aos seus inquisidores que nunca agiu em nome do Hezbollah, e que as suas actividades políticas são legais e transparentes. Foi permitido ao Dr. Saeed um primeiro contacto com os seus advogados, apenas em 10 de Maio de 2010, dezasseis dias após a sua prisão, devido a uma ordem judicial que o privou de qualquer acesso a aconselhamento legal. Foi interrogado por prolongados períodos de tempo, sendo-lhe permitido dormir num espaço de tempo muito limitado.

Ameer Makhoul foi preso em sua casa, em Haifa, em 6 de Maio de 2010, às 3:10 da madrugada. Foi imediatamente mantido em isolamento e impedido de contactar com os seus advogados por doze dias após a sua prisão. Durante esse período, foi submetido a duros métodos de interrogatório pela Shabak.

Ameer Makhoul declarou, perante o Tribunal de Petakh Tikvah, que tinham sido usados contra ele severos métodos de interrogatório, que lhe tinham causado tanto danos físicos como psicológicos, e que, como resultado, havia admitido sob coação as falsas acusações feitas pelos inquisidores da Shabak, relativamente a actos que não cometeu.

Os métodos ilegais empregues contra Ameer Makhoul durante os primeiros dias de seu interrogatório incluem prolongada privação de sono e interrogatórios contínuos, estando algemado firmemente a uma cadeira de tamanho mais pequeno que o usual, presa ao chão para impedir que ele se movesse.

As suas mãos foram algemadas à parte de trás da cadeira para que os braços e ombros ficassem repuxados sob tensão para trás.

As suas pernas estavam dobradas para trás, flanqueando a cadeira, com os joelhos voltados para o chão.

Quando, depois de horas de estar preso nesta posição, sob intenso interrogatório, Makhoul se queixou de ter dores excruciantes, os inquisidores da Shabak algemaram as suas pernas à cadeira.

Também o ameaçaram de que ele ficaria permanentemente aleijado neste  interrogatório.

A equipa de defesa legal, de Ameer Mahhoul, o advogado Hussein Abu Hussein e os advogados da Adalah, Orna Kohn e Jabareen Hassan, não tem podido discutir os métodos de interrogatório ilegais, até à data, devido à ordem de censura imposta pelo tribunal sobre o caso.

Até 26 de Maio de 2010, os  repetidos requerimentos apresentados pela Adalah e pelos Médicos para os Direitos Humanos de Israel (Physicians for Human Rights-Israel) para acederem aos relatórios médicos do Sr. Makhoul e para que um médico independente, pudesse examiná-lo, foram todos negados.

Após a apresentação de um outro requerimento ao Tribunal de Justiça do Distrito, os registos médicos de Makhoul irão ser disponibilizados, e um médico independente, irá visitar Makhoul rápidamente, já que irá ser transferido do centro de detenção da Shabak.

A Adalah está seriamente preocupada com as graves violações dos direitos do Dr. Saeed e do Sr. Makhoul que estão  em clara violação da lei israelita e internacional. Sobre a questão das salvaguardas contra a tortura e maus-tratos aos detidos, o Comité da ONU Contra a Tortura, nas suas observações finais sobre Israel em 2009 (para n.º 15), enfatizou que "os detidos devem ter acesso imediato a um advogado, a um médico independente e a um membro da família, estes são meios importantes para a protecção de suspeitos, oferecendo acrescidas salvaguardas contra a tortura e os maus-tratos dos detidos, e devem ser garantidas às pessoas acusadas de crimes contra a segurança".

26 maio, 2010

Testamento Vital: Uma definição

O artigo de Rute Araújo, publicado no "I" sobre o "Testamento Vital", intitulado "Já há portugueses a fazer testamento vital apesar de não existir lei" e que aqui demos referência, despertou-me para um projecto que há muito acarinho que seria tratar deste tema de forma mais aprofundada, até por interesse próprio.

Assim começei por tentar definir o que se entende por Testamento Vital:

"Testamento Vital" é uma declaração antecipada de vontade, onde o declarante adulto e capaz, que se encontre em condições de plena informação e liberdade, e exercendo o seu direito à auto-determinação, determina , por escrito, quais os cuidados de saúde que deseja ou não receber no futuro, no caso de, por qualquer causa, se encontrar incapaz de prestar o consentimento informado de forma autónoma, nomeadamente aqueles que prolonguem desnecessariamente a vida, numa longa e dolorosa agonia (distanásia).

O que se assegura através deste documento é a "morte digna", no que se refere à assistência e ao tratamento médico a que será submetido um paciente, que se encontra em condição física ou mental incurável ou irreversível, e sem expectativas de cura, estabelecendo que o tratamento a ser aplicado se deve limitar às medidas necessárias para manter o conforto, a lucidez e aliviar a dor (incluindo as que podem ocorrer como consequência da suspensão ou interrupção do tratamento).

Finalmente entendi criar uma página autónoma neste blog intitulada "Testamento Vital" para servir de repositório da informação que sobre o tema for coleccionando, nomeadamente através de links.

Jewish Voice for Peace dá eco às palavras de Ezra Nawi: Devemos rejeitar leis que são imorais

A Jewish Voice for Peace é uma organização pacifista judaica-americana, de âmbito nacional e de raízes populares que se dedica a fomentar uma política internacional americana para o Médio Oriente que se baseie na paz, na democracia, nos direitos humanos e no respeito pelo direito internacional.

Podem seguir a sua actividade no seu blog Muzzlewatch  (em inglês).

Quanto ao caso de Ezra Nawi, israelita e judeu de origem iraquiana, referido no comunicado que a seguir apresentamos, já nos mereceu um post no Fórum Palestina, entretanto descontinuado por falta de meios, mas já se encontra disponível, em português neste blog, e a nossa adesão então à campanha da Jewish Voice for Peace em Junho do ano passado, para a sua libertação.

Sobre os casos dos israelitas de origem árabe Ameer Makhoul e Dr. Omar Said, existe informação sobre a campanha em curso exigindo o respeito pela lei e a sua libertação, basta consultar o topo da coluna à vossa direita.

Quanto à prisão de Izzet Sahin, nada sabia, mas fiquei a saber agora que foi preso a 27 de Abril e que a 19 de Maio ainda permanecia sem culpa formada. Sahin é representante e fundador do dos escritórios na Cisjordânia da IHH (The Foundation for Human Rights and Freedoms and Humanitarian Relief).

O caso de Iyad Burnat, um dos dirigentes da luta popular contra o "Muro", foi proibido pelas autoridades militares de ocupação israelitas de atravessar a fronteira da Cisjordânia no princípio do mês, tendo estado detido durante 3 horas por motivos de segurança. Burnat é o líder do comité local contra o "Muro" e os colonatos da vila de Bil'in,.Os aldeões de Bil'in tem organizado semanalmente manifestações de protesto nos últimos cinco anos.

Já agora traduzo as palavras do Professor Neve Gordon que escreve no The Guardian sobre a sentença aplicada a Ezra Nawi:

Esta sentença não  é um assunto menor. O tribunal israelita decidiu basicamente que a única forma legitima de oposição à ocupação é ficar na berma da rua com uma espécie de cartaz. Qualquer forma de desobediência civil ou de acção directa, como deitarem-se à frente de um bulldozer que está construindo a barreira da anexação ou a demolir uma casa, colher azeitonas num olival, ou acompanhar crianças palestinas à escola numa área que tenha sido classificada como zona militar exclusiva é agora sujeito a duras punições.

E as palavras de Ezra, aos seus companheiros, antes de começar a cumprir a sentença que lhe foi imposta:

Num país onde as leis são imorais, a desobediência civil é obrigatória, portanto, não demorará muito até que muitos de vós se juntarão a mim na prisão.

 A história sempre nos ensinou quanto mais acossados se encontram os tiranos, mais violentos se tornam e mais forte se torna a resistência. 

Jewish Voice for Peace

Dear Pedro,

Last Sunday, on the 23rd of May, Israeli human rights activist Ezra Nawi began a one-month jail sentence following his July 22, 2007 attempt to stop a military bulldozer from destroying the homes of Palestinian Bedouins in the West Bank.

Ben Gurion University Professor Neve Gordon wrote today in The Guardian:
This sentence is not a minor matter. The Israeli court has basically decreed that the only legitimate way to oppose the occupation is by standing on the side of the road with some kind of placard. Any form of civil disobedience or direct action, like lying in front of a bulldozer that is building the annexation barrier or demolishing a house, picking olives in a grove or walking Palestinian children to school in an area that has been classified a closed military zone, is now subject to harsh punishment.

When he was first tried, Jewish Voice for Peace mounted a massive letter campaign in solidarity with Ezra Nawi. At the Jerusalem hearing, human rights attorney Emily Schaeffer testified on behalf of JVP and delivered to the judge the names of over 20,000 people who supported Ezra's courageous actions.  Nawi's lawyer told us your letters made a real impact, but we were not able to keep him from going to jail.
In a goodbye gathering before starting his sentence, Ezra told his fellow activists:
In a country where laws are immoral, civil disobedience is obligatory; therefore, it will not be long before more of you will join me in jail.
Since Nawi's case first broke, there have been so many other activists unfairly jailed, and in some cases 'disappeared' by the Israeli legal system under strict gag orders:
Ameer Makhoul, Dr. Omar SaidIzzet Sahin, and Iyad Burnat, to name just a few in the month of May. We have documented many of their stories in our blog TheOnlyDemocracy , and we will continue to draw attention to them.
In solidarity,

 Sydney Levy
Jewish Voice for Peace


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25 maio, 2010

"Foldit": jogue de graça e contribua para uma importante investigação científica

"Foldit" é um novo e revolucionário conceito que se apresenta como um jogo de computador gratuito que lhe permite contribuir directamente para investigação científica  aplicada na área da pesquisa de proteínas.

Criado pelos departamentos de Ciência da Computação, Engenharia e Biologia da Universidade de Washington o "Foldit" está disponível em versões Windows, Mac e Linux.

Os jogadores podem formar equipas de pesquisa compartilhado os seus resultados.

A pesquisa de proteínas tem como um dos seus objectivos centrais um melhor conhecimento do desenvolvimento de doenças como o Alzheimer, o cancro e a SIDA e assim ajudar a encontrar formas de as combater.

Para descobrir a ciência que está por detrás do "Foldit", como joga-lo e fazer o seu download, clique aqui.

 Proteína humana

Israel: Uma potência nuclear responsável?

A responsible nuclear power? | World news | guardian.co.uk

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Um post assinado por  Julian Borger  no  JulianBorger's GlobalSecurityBlog do The Guardian.

Onde se fala de como os reflexos da revelação do filrt entre Israel e a África do Sul [do apartheid] irão reforçar as reclamações sobre a política de dois pesos e das duas medidas - Israel vs. Irão e Síria - num momento especialmente delicado da Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que decorre em Nova York e onde se debate o guião a seguir para pôr em prática as decisões da Resolução de 1995 para transformar o Médio Oriente, numa zona livre de armas nucleares, químicas e biológicas.

O draft agora em debate representa um meio-termo entre os desejos dos Estados Árabes para uma conferência negocial e o ponto de vista dos EUA que considera prematura a execução de uma tal proposta.

E onde se recorda  Mordechai Vanunu, um israelita, que foi o primeiro a fornecer informações sobre o poder nuclear israelita e por isso foi raptado, em Itália onde se encontrava, levado para Israel, torturado, condenado a 18 anos de prisão, 11 dos quais cumpridos na "solitária" sendo considerado por isso um 'prisioneiro de consciência" pela Aministia Internacional.

Vanunu, que foi libertado em Abril de 2004, desde então, foi acusado em pelo menos em 21 ocasiões pela justiça por violar as restrições à sua liberdade.

A última condenação foi decretada em Dezembro passado por ter falado com um jornalista, tendo sido detido no passado domingo para cumprir uma pena de três meses de prisão.

Siga a campanha da Amnistia Internacional Portugal aqui.

Israel propôs a venda de armas nucleares à África do Sul do Apartheid

Esta informação é extraida do site Carta Maior pelo que segue a norma brasileira.


O acordo militar secreto assinado por Shimon Peres, agora Presidente de Israel, e P W Botha da Africa do Sul 
Foto do: The Guardian

Documentos secretos da África do Sul revelam que Israel tentou vender armas nucleares para o país africano na época do apartheid, configurando-se como o primeiro documento oficial que evidencia que os israelenses possuem arsenal nuclear.

Um artigo assinado por  Chris McGreal desde Washington para o jornal britânico The Guardian.
 
Em comunicado oficial, a presidência de Israel afirma que "não existe base de realidade alguma" na informação publicada pelo jornal.
 
Os documentos em questão, diz o jornal, são minutas de reuniões entre membros dos governos dos dois países realizadas em 1975. Na ata, ministro da Defesa sul-africano na época, PW Botha, perguntou sobre as ogivas e o então ministro da Defesa de Israel, Shimon Peres, ofereceu as armas "em três tamanhos" — referindo-se a armas convencionais, químicas e nucleares. Shimon Peres é o atual presidente israelense.

Os dois ministros ainda assinaram um acordo de cooperação militar entre os dois países, sendo que o próprio acordo continha uma cláusula que determinava o mesmo deveria se manter secreto. Segundo o jornal britânico, os documentos foram descobertos pelo pesquisador americano Sasha Polakow-Suransky, que estuda a relação entre Israel e África do Sul e escreveu um livro sobre o tema.

O documento é a primeira evidência real de que Israel possui armas nucleares, a despeito de sua política de nem negar nem confirmar que possui este tipo de armamento. Além disso, a revelação deixa um duplo embaraço diplomático para Israel. O primeiro é que cairia por terra um possível argumento israelense de que, mesmo que tivesse armas nucleares, seria um país "responsável" o suficiente para mantê-las, uma vez que tentou vender o arsenal para outro país.

O segundo é que nesta semana haverá discussões na ONU sobre sanções contra o Irã — país adversário de Israel — devido ao programa nuclear do país persa. Os israelenses estão entre os países que mais pressionam pelas sanções.

As atas das reuniões mostram ainda que os militares sul-africanos desejavam obter armas nucleares para ter um elemento de dissuasão ou até para potenciais conflitos contra países vizinhos.

Israel negou nesta segunda-feira que seu atual presidente, Shimon Peres, tenha oferecido em 1975 ogivas nucleares à África do Sul.

Em comunicado oficial, a presidência de Israel afirma que "não existe base de realidade alguma" na informação publicada pelo jornal. "Israel nunca negociou armas nucleares com a África do Sul. Não existe um só documento israelense ou uma só assinatura israelense em documento algum",diz a nota. A presidência israelense anunciou que enviará uma "contundente carta" ao diretor do jornal e pedirá "a publicação da verdade sobre os fatos".

A nota não afirma nem nega que Israel possua armas nucleares.

Já há portugueses a fazer testamento vital apesar de não existir lei

 Um artigo de Rute Araújo, publicado no "I" sobre o "Testamento Vital" a ter em conta.

Já há portugueses a fazer testamento vital apesar de não existir lei

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Encontrará um repositório de informação sobre este tema na nossa página "Testamento Vital"

 

Austrália não tem dúvidas: Israel foi responsável pelo abuso e contrafacção de passaportes


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Esta expulsão, noticiada no Público, nem sei se chega a ser um mero “puxão de orelhas” à rapaziada da Mossad, ou se é a forma de “limpar-a-face” junto da opinião pública e arrumar - no caso australiano - este dossier no armazém dos fundos.

O certo é que foram cometidos uma série de crimes graves.
  • O assassinato político de Mahmoud al-Mabhouh; 
  • A violação da soberania de um país terceiro, o Dubai, por uma unidade controlada pelas autoridades de um país terceiro, Israel;
  • Contrafacção e abuso de documentos de identificação de países como a Alemanha, a Austrália, a França, a Irlanda e o Reino Unido e sua utilização numa operação terrorista;
  • A apropriação indevida da identidade de cidadãos desses países.
Não há justificação para tais crimes.
Se Mahmoud al-Mabhouh era um criminoso, deveria ter sido perseguido através dos meios legais que um Estado tem ao seu dispor.

O problema começa quando esse mesmo Estado não reconhece os instrumentos internacionais, porque esse reconhecimento implicaria recair sobre a sua alçada por este e outros crimes, bem mais graves como os de genocídio.
Como base para esta expulsão as autoridades australianas tiveram em conta que:
  •        Quatro dos suspeitos de terem participado nesta operação – o assassinato de Mahmoud al-Mabhouh - usaram passaportes australianos;
  •          Uma investigação da polícia australiana concluiu que os serviços secretos de Israel, leia-se Mossad, estiveram por trás da falsificação destes documentos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano Stephen Smith afirmou no Parlamento Australiano:
“Esta investigação deixou o Governo sem quaisquer dúvidas de que Israel foi responsável pelo abuso e contrafacção destes passaportes.”
Ou seja, ficou provado, na Austrália que Israel foi responsável pelo abuso e contrafacção dos passaportes utilizado por quatro dos elementos de um grupo terrorista israelita que assassinou Mahmoud al-Mabhouh.
Entretanto a impunidade de Israel continua. Até quando?

24 maio, 2010

Grupo de Sacerdotes Enrique Angelelli: Contribuição para o debate sobre as alterações à lei do casamento civil

Transcrição integral  do documento que está em espanhol. Entendo que é perfeitamente acessível. Senão... há sempre o Google Translate.
Aporte al debate sobre modificaciones a la ley de matrimonio civil

Nicolás Alessio por Grupo Sacerdotes Enrique Angelelli, Córdoba:

“Dios es amor, el que permanece en el amor, permanece en Dios y Dios en él”. San Juan. 
“Dios es espíritu, donde está el Espíritu esta la libertad”. San Pablo a los Corintio.
“Ya no hay diferencia entre judío y griego, esclavo y hombre libre, entre varón y mujer, porque todos ustedes son uno solo en Cristo Jesús”. San Pablo a los Gálatas.

Ante la posibilidad de una ley que permita a personas del mismo sexo ser “matrimonio” y vivir profundamente el amor y la sexualidad, entendemos que aprobarla, acompañarla y profundizarla nos pone en el camino del Evangelio de Jesús. Un Jesús que nos ha revelado el rostro amoroso de su Dios. No necesariamente ni siempre, la iglesia oficial, y sus opiniones, coinciden con el Evangelio. Este tema es uno de esos casos.

Veamos:

- Jesús nunca fijó una doctrina cerrada sobre el matrimonio, simplemente siguió las costumbres de su época y avanzó en reconocer y defender, de una manera especial a las mujeres, en un contexto social machista y patriarcal….

- Jesús jamás condenó ni mencionó la homosexualidad, sí se enfrentó a los soberbios, a los que se creían puros, a los que tenían el poder opresor, a los que esclavizaban, a los que humillaban…

- Jesús siempre puso la Ley al servicio de una mayor humanización, donde el centro sea la persona y, sobre todo, los proscriptos, los olvidados, los últimos…

- el término “homosexual” no aparece en la literatura sino hasta fines del siglo XIX, en los tiempos bíblicos no existía una comprensión elaborada de lo que actualmente entendemos por orientación sexual…mal se podría condenar la homosexualidad....

- toda la revelación bíblica apunta a centrarnos en el amor, sin exclusiones de ningún tipo, y con predilección por los marginados, los proscriptos, los ninguneados, los postergados, los acusados…

- si algunos textos del Antiguo Testamento, parecen condenar la homosexualidad, en realidad lo que están rechazando, es, o la idolatría que tal práctica revelaba o, en todo caso, como en el caso de Sodoma, la falta de hospitalidad, en Ezequiel 16:49-50 por ejemplo, “Sodoma” es soberbia, gula y no socorrer al pobre y al indigente, es decir, no tiene nada que ver con un pecado “sexual”. Por otra parte, esos textos del Antiguo Testamento, jamás se refieren a las lesbianas, solo hablan de los varones.

- si algunos textos de las cartas apostólicas incluyen en sus listas de “pecado” a la homosexualidad, es solo para adaptarse a los códigos morales greco romanos, y en ese sentido recordar el pecado de idolatría que tales costumbres significaban, o condenar las practicas de abuso, prepotencia, explotación sexual, sean estas hetero u homo sexuales, pero de ninguna manera expresan una condena a la homosexualidad como tal…

- toda la revelación bíblica y con más razón, el Nuevo Testamento, no es un código de moral, citar textos aislados para condenar la homosexualidad es un fundamentalismo anacrónico incapaz de entender los textos en su lugar histórico particular, es usar algunos textos para justificar los propios prejuicios. Hacer de la Biblia un manual de moral sexual sería caer en el legalismo judío duramente criticado por Jesús, la Biblia es la revelación de un Dios que nos quiere ver libres, gozosos y felices y, que por eso, nos invita a enfrentar a todo el que oprime, discrimina, rechaza, expulsa, odia, segrega, separa.

Entendemos la homosexualidad, como una manera distinta, diferente, diversa, de vivir la sexualidad y el amor, no como una rareza y menos como una enfermedad. Desde hace 37 años la homosexualidad no se considera un trastorno psiquiátrico y la Organización de las Naciones Unidas (ONU) a través de la OMS (Organización Mundial de la Salud) la eliminó como trastorno mental el 17 de mayo 1990 por considerar, con criterios científicos, que no correspondía a una patología, sino que es parte de la diversidad del ser humano.

Quién podría negar que las personas del mismo sexo pueden vivir de manera, adulta, libre y responsable su sexualidad? Nadie puede, y menos en nombre de Dios, afirmar que hay una sola manera de vivir la sexualidad y el amor. La naturaleza, rica en multiplicidad, también nos enseña que, la diversidad, no atenta contra ella, si no que la embellece. Citar a la “ley natural” para oponerse a esta legislación es solo una posición fijista, dura, congelada, de la realidad pretendida como “natural”, sin entender los complejos procesos culturales.

Entendemos que un legislador, puede profesar profundamente su fe cristiana y católica, y, a la vez, con total libertad de conciencia, pensar, definir y actuar distinto a lo que propone la jerarquía eclesial. En la Iglesia Católica, no hay un “pensamiento único”, hay lugar para la diversidad y la pluralidad. Por otra parte, un legislador, no legisla para la comunidad católica, legisla para toda la ciudadanía. No debiera ofender ni molestar a nadie, por el contrario, debiera ser motivo de alegría, que las personas del mismo sexo, que tradicionalmente han sido objeto de burlas, discriminaciones, condenas, estigmas, anatemas, prejuicios y obligadas a vivir en la clandestinidad u ocultando sus más profundos sentimientos, hoy puedan sentirse libres y amparados por una ley de la Nación que les reconoce su derecho al amor y a la familia, no como una concesión de mala gana, si no como un derecho inalienable.

Grupo Sacerdotal Enrique AngelelliPbro. Nicolás AlessioProvincia de Córdoba Argentina

Un grupo de sacerdotes cordobeses, a favor del matrimonio homosexual

Un grupo de sacerdotes cordobeses, a favor del matrimonio homosexual   Por: Marta Platía. Corresponsalía en Córdoba. de Clárin

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Algo que o beato Presidente deveria ter em atenção.

A notícia está em espanhol mas penso que é perfeitamente acessível. Senão... há sempre o Google Translate.

No entanto passo a transcrever parcialmente o trabalho de Marta Platia, já que deixo de fora as citações do documento "aportes al debate sobre las modificaciones a la ley de matrimonio civil", pois irei publicá-lo na integra.

[Un grupo de sacerdotes cordobeses] "Emitieron un documento que dice que "Jesús jamás condenó la homosexualidad" y que los legisladores pueden "actuar distinto a lo que propone la jerarquía eclesial". Los curas son del movimiento tercermundista "Enrique Angelelli".

"Ante la posibilidad de una ley que permita a personas del mismo sexo ser 'matrimonio' y vivir profundamente el amor y la sexualidad, entendemos que aprobarla, acompañarla y profundizarla nos pone en el camino del Evangelio de Jesús", arranca el documento, que está llamado a provocar polémica en el seno de la Iglesia que formalmente cuestiona el matrimonio homosexual.

El documento se titula "aportes al debate sobre las modificaciones a la ley de matrimonio civil" y fue redactado por Nicolás Alessio, un sacerdote cordobés de 52 años, miembro de un grupo de sacerdotes tercermundistas llamado Enrique Angelelli. El texto fue respaldado por otros quince sacerdotes en ejercicio.

Consultado por Clarín, Alessio, quien es el cura párroco de la iglesia San Cayetano, en el barrio Altamira, dijo que "la Iglesia tiene derecho a oponerse a un matrimonio eclesial, pero aquí se habla de casarse por civil". En esa dirección, el sacerdote apuntó: "Claro, cómo van a aceptar esto, si ni siquiera aceptan el divorcio vincular, excomulgan a los que se casan en segundas nupcias y, si vamos al caso, tampoco aceptan el matrimonio civil entre heterosexuales, ya que si no pasan por el matrimonio religioso, para la Iglesia dos personas no están casadas realmente".

Para el cura, "el punto clave está en que en el fondo ellos consideran a la homosexualidad como una enfermedad, y no como una manera diversa de relacionarse".

Grupo de padres argentinos defendem casamento homossexual

In Opera Mundi, assinado por Daniella Cambaúva .
 

Um dia depois de centenas de pessoas realizarem uma manifestação na cidade argentina de Córdoba pedindo que os senadores não aprovem a lei que autoriza casamento entre pessoas do mesmo sexo, um grupo de sacerdotes decide fazer o oposto.

Segundo o padre Nicholas Alessio, integrante do movimento, o objetivo é "mostrar que dentro da Igreja há outras vozes para a diversidade”, citado pelo jornal local La Voz del Interior.

Por isso, decidiram "contribuir para o debate sobre as alterações na legislação referente ao casamento civil", pois acreditam que apoiar e acompanhar o debate pode colocar os fiéis "no caminho do Evangelho de Jesus." O grupo afirma também que há um “fundamentalismo anacrônico" naqueles que citam a Bíblia para "justificar seus próprios preconceitos".

Alguns hierarcas da igreja, disse Alessio, citado pelo site do diário argentino Página 12, "têm se considerado porta-vozes de Deus, então não discutem com ninguém, pois eles supõem que Deus não muda de opinião".

Alessio e onze colegas do Grupo de Sacerdotes Enrique Angelelli, percorre diariamente as cidades da província de Córdoba para ensinar catequese introduzindo novos temas."Lutamos pela inclusão, pela justiça e contra a pobreza", disse. “É muito natural encontrar casais homossexuais”, afirmou o padre, da Igreja San Cayetano, no bairro de Altamira.

O grupo de sacerdotes afirma que o que a igreja defende não necessariamente corresponde ao que está no Evangelho. "Este é um dos casos". Afirmam num documento elaborado para defender a aprovação do casamento homossexual. Nele, afirmam acreditar que "Jesus nunca definiu uma doutrina para casamento, mas apenas seguir os costumes do seu tempo,num contexto social machista e patriarcal”.

Após as primeiras notícias na imprensa local, começaram as reacções de quem discorda dos sacerdotes. Na capital, pessoas que são contra a mudança na legislação têm convocado protestos e pregado cartazes com frases como: "Não aos caprichos de pervertidos! "e "A família morre".

A reacção do bispo de Córdoba foi imediata. Segundo a agência de notícias estatal argentina, Télam, ele divulgou um comunicado afirmando que as declarações de Alessio e dos outros onze "não representa de forma alguma o sentimento da Igreja Católica" e pediu que os senadores de Córdoba se oponham "para o bem do país e das suas futuras gerações."

Para Alessio, “nem os bispos nem o Papa aceitam a realidade, de que hoje vivemos em um mundo plural”.

Em Córdoba, segundo pesquisas realizadas por institutos privados, 53,4 % da população é contra a lei que estende o casamento civil para homossexuais. Alessio tem disso consciência. "A Córdoba tradicional é conservadora, por isso nos castigam por todos os lados e nos repudiam. Mas é preciso saber que há outra Córdoba, de uma sociedade com pessoas abertas".

Gaza para além da "economia de tunel"

FT.com / Middle East / Economy - Gaza looks beyond tunnel economy  by Tobias Buck in Rafah

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O artigo está em inglês.

Assim apenas três breves transcrições:

1.
"...
Por cerca de três anos, os túneis por baixo de Rafah têm oferecido a única linha de salvação para os habitantes de Gaza, que de outra forma estariam privados de todo, da maioria dos suprimentos humanitários básicos.
..."
 2.
 "...
Reconhecem que os túneis estão a providenciar bens essenciais, mas os contrabandistas também estão trazendo precisamente os itens de consumo básico que poderiam ser fabricados em Gaza, especialmente se as sanções foram atenuadas.
..."
3.
"...
Um funcionário ocidental afirmou que os túneis funcionam como uma válvula de segurança "humanitária", mas adverte que não oferecem solução para o declínio econômico. 

..."

"Israel está fazendo muito dinheiro com a ocupação da Palestina", diz economista israelense

"Israel está fazendo muito dinheiro com a ocupação da Palestina" in Opera Mundi

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"Os impactos de anos de ocupação israelense sobre a economia palestina na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e a nova onda de migração de trabalhadores da Ásia para substituir a mão-de-obra palestina, confinada nos territórios, são os principais temas abordados pelo economista israelense Shir Hever, membro do Alternative Information Center, nessa entrevista ao Opera Mundi.

Segundo o estudioso, mestre em História e Filosofia pelo Instituto Cohen, na Universidade de Tel Aviv, Israel tem controle inclusive sobre as doações internacionais. Independente da moeda que ingressa nos territórios (dólar, euro, libra etc), o montante precisa ser aplicado no Banco Central de Israel, e depois, convertido para o shekel, dando lucro para o Estado judeu.

Shir, autor de uma série de estudos sobre os impactos da ocupação – todos disponíveis para download – vive na Jerusalém dividida não apenas pela ocupação militar e pela política, mas por ações sócio-econômicas que ampliam o abismo criado pelo desejo de fazer da cidade uma capital israelense. Jerusalém é hoje, sem dúvida, a capital da ocupação.

..."

Pode ler a entrevista aqui.

23 maio, 2010

"O Fascismo Financeiro", a opinião de Boaventura de Sousa Santos

"O Fascismo Financeiro" in Publicações do Centro de Estudos Sociais

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Este artigo foi publicado na Visão em 6 Maio de 2010 e evoca, segundo o autor, pela sua extrema actualidade, um outro texto publicado há doze anos "Reinventar a Democracia". Veja-se o último parágrafo e espante-se, face à circunstância.

Boaventura de Sousa Santos, Doutorado pela Universidade de Yale (JSD, 1973), é Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick.

É Director do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e do Centro de Documentação 25 de Abril da mesma Universidade e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa.

Os 10 romances mais representativos da literatura de língua portuguesa...

... segundo o júri do concurso “10 Paixões em Forma de Romance”, que integrou os escritores José Luís Peixoto, João Tordo e vários docentes, funcionários e alunos da Faculdade de Letras (FLUC), são:
  • "A Sibila”, de Agustina Bessa-Luís;
  • Amor de Perdição”, de Camilo Castelo-Branco;
  • "Aparição”, de Vergílio Ferreira;
  • Dom Casmurro”, de Machado Assis;
  • "Esteiros”, de Soeiro Pereira Gomes;
  • Memorial do Convento”, de José Saramago;
  • O Delfim”, de José Cardoso Pires;
  • Os Maias” de Eça de Queirós;
  • Sinais de Fogo”, de Jorge de Sena;
  • Terra Sonâmbula”, de Mia Couto 
Estes dez romances foram eleitos, na passada sexta-feira 21 de Maio, em Coimbra como os mais representativos da literatura de língua portuguesa, de entre as 30 obras que tinham sido anteriormente mais votadas por docentes, estudantes e funcionários da Universidade de Coimbra.

Segundo o director da Imprensa da Universidade de Coimbra (IUC), João Gouveia Monteiro, para chegar a esta lista final “o júri teve em conta a diversidade e representatividade de diferentes épocas, correntes, geografia e géneros, bem como a expressão da vontade dos votantes”.

O também presidente do júri disse hoje à agência Lusa que foi decidido divulgar os “10 Mais” por ordem alfabética, em bloco, sem detalhar os votos que recaíram sobre cada um dos romances.

O objectivo deste concurso foi “tomar esta escolha como um pretexto para falar de livros e de boa literatura”, na sequência de outras iniciativas levadas a cabo pela IUC.

Assim, ao longo do próximo ano letivo, a IUC, em parceria com a Biblioteca Geral e o Centro de Literatura Portuguesa da FLUC, irá promover diversos eventos sobre as 10 obras vencedoras, nomeadamente exposições e tertúlias.

Está já prevista uma exposição sobre estes romances e os seus autores na Sala de São Pedro da Biblioteca Geral, patente entre 10 de Janeiro e 11 de Fevereiro, adiantou o director da IUC.

Pois ... não concorda, há melhores, a representação brasileira está desiquilibrada,  a forma como se chegou aos 30  romances para apreciação final não é cientifíca, e muito mais...

Eu também, mas tenho presente os objectivos do concurso acima enunciados, só posso terminar a dar os PARABÉNS aos promotores da iniciativa.