20 maio, 2010

Gush Shalom, um movimento israelita pela paz israelo-palestina

NB: Este post é uma tradução da informação publicada  no web site do Gush Shalom. Destina-se a dar a conhecer um movimento israelita que desde 1993 luta pela paz e conciliação entre israelitas e palestinos.


Gush Shalom (traduzido do hebraico, o nome significa "O Bloco da Paz") é o núcleo duro do movimento pacifista israelita.
Frequentemente descrito como "firme", "militante", "radical" ou "consistente", é conhecido pelas suas posição firmes em tempos de crise, como na Intifada de Al-Aksa.
Durante anos até hoje, Gush Shalom tem desempenhado um papel preponderante na determinação da agenda política e moral das forças de paz em Israel, bem como em quebrar o chamado "consenso nacional" com base na desinformação.
 
Gush Shalom is an extra-parliamentary organization, independent of any party or other political grouping. Some of its activists do belong to political parties, but the Gush is not aligned to any particular party. 
Gush Shalom é uma organização extra-parlamentar, independente de qualquer partido ou outro grupo político. Alguns dos seus activistas pertencem a partidos políticos, mas o Gush não está alinhado com qualquer partido em particular.

OBJECTIVOS

O principal objectivo do Gush Shalom é influenciar a opinião pública israelita e conduzi-la para a paz e a conciliação com o povo palestino, com base nos seguintes princípios:


Pôr fim à ocupação;

Aceitando o direito do povo palestino em estabelecer o Estado independente e soberano da Palestina em todos os territórios ocupados por Israel em 1967;

Restabelecendo a pré-"Linha Verde" de 1967, como a fronteira entre o Estado de Israel eo Estado da Palestina (com possíveis pequenas trocas de territórios acordadas entre as partes), a fronteira estará aberta para a livre circulação de pessoas e bens, sujeito a acordo mútuo;

Confirmando Jerusalém como capital dos dois Estados, com Jerusalém Oriental (incluindo o Haram al-Sharif), servindo como capital da Palestina e Jerusalém Ocidental (incluindo o Muro das Lamentações), servindo como capital de Israel. A cidade deverá estar unida ao nível físico e municipal, com base num acordo mútuo;

Reconhecendo, em princípio, o Direito de Retorno dos Refugiados Palestinos, permitindo a cada refugiado escolher livremente entre uma indemnização e o repatriamento para a Palestina e Israel, e fixando, por mútuo acordo, em quotas anuais, o número de refugiados que será capaz de retornar a Israel, sem enfraquecer as fundações de Israel;
Garantindo a segurança de ambos, Israel e Palestina, por mútuo acordo e sob garantias;

Aspirando à paz global entre Israel e os países árabes e à criação de uma união regional.

HISTÓRIA

O Gush Shalom foi fundada por Uri Avnery e outros activistas em 1993, quando se tornou evidente que todos os  antigos grupos pela paz em Israel eram incapazes ou não tinham vontade de se opor às medidas  repressivas introduzidas pelo novo governo do Partido Trabalhista liderado por Yitzhak Rabin.

.Quando Rabin expulsou 415 militantes islâmitas do país [Israel] no final de 1992, um protesto espontâneo  de judeus e árabes israelitas conduziu à implantação de tendas frente ao escritório do primeiro-ministro em Jerusalém.

Este protesto durou 45 dias e 45 noites durante o inverno.  

Após debates nas tendas, e tendo em vista o silêncio de outros grupos pacifistas israelitas, alguns dos manifestantes decidiram que um novo movimento de paz israelita  era necessário e fundaram o Gush Shalom.

Sem comentários: