In Opera Mundi, assinado por Daniella Cambaúva .
Um dia depois de centenas de pessoas realizarem uma manifestação na cidade argentina de Córdoba pedindo que os senadores não aprovem a lei que autoriza casamento entre pessoas do mesmo sexo, um grupo de sacerdotes decide fazer o oposto.
Segundo o padre Nicholas Alessio, integrante do movimento, o objetivo é "mostrar que dentro da Igreja há outras vozes para a diversidade”, citado pelo jornal local La Voz del Interior.
Por isso, decidiram "contribuir para o debate sobre as alterações na legislação referente ao casamento civil", pois acreditam que apoiar e acompanhar o debate pode colocar os fiéis "no caminho do Evangelho de Jesus." O grupo afirma também que há um “fundamentalismo anacrônico" naqueles que citam a Bíblia para "justificar seus próprios preconceitos".
Alguns hierarcas da igreja, disse Alessio, citado pelo site do diário argentino Página 12, "têm se considerado porta-vozes de Deus, então não discutem com ninguém, pois eles supõem que Deus não muda de opinião".
Alessio e onze colegas do Grupo de Sacerdotes Enrique Angelelli, percorre diariamente as cidades da província de Córdoba para ensinar catequese introduzindo novos temas."Lutamos pela inclusão, pela justiça e contra a pobreza", disse. “É muito natural encontrar casais homossexuais”, afirmou o padre, da Igreja San Cayetano, no bairro de Altamira.
O grupo de sacerdotes afirma que o que a igreja defende não necessariamente corresponde ao que está no Evangelho. "Este é um dos casos". Afirmam num documento elaborado para defender a aprovação do casamento homossexual. Nele, afirmam acreditar que "Jesus nunca definiu uma doutrina para casamento, mas apenas seguir os costumes do seu tempo,num contexto social machista e patriarcal”.
Após as primeiras notícias na imprensa local, começaram as reacções de quem discorda dos sacerdotes. Na capital, pessoas que são contra a mudança na legislação têm convocado protestos e pregado cartazes com frases como: "Não aos caprichos de pervertidos! "e "A família morre".
A reacção do bispo de Córdoba foi imediata. Segundo a agência de notícias estatal argentina, Télam, ele divulgou um comunicado afirmando que as declarações de Alessio e dos outros onze "não representa de forma alguma o sentimento da Igreja Católica" e pediu que os senadores de Córdoba se oponham "para o bem do país e das suas futuras gerações."
Para Alessio, “nem os bispos nem o Papa aceitam a realidade, de que hoje vivemos em um mundo plural”.
Em Córdoba, segundo pesquisas realizadas por institutos privados, 53,4 % da população é contra a lei que estende o casamento civil para homossexuais. Alessio tem disso consciência. "A Córdoba tradicional é conservadora, por isso nos castigam por todos os lados e nos repudiam. Mas é preciso saber que há outra Córdoba, de uma sociedade com pessoas abertas".
Um dia depois de centenas de pessoas realizarem uma manifestação na cidade argentina de Córdoba pedindo que os senadores não aprovem a lei que autoriza casamento entre pessoas do mesmo sexo, um grupo de sacerdotes decide fazer o oposto.
Segundo o padre Nicholas Alessio, integrante do movimento, o objetivo é "mostrar que dentro da Igreja há outras vozes para a diversidade”, citado pelo jornal local La Voz del Interior.
Por isso, decidiram "contribuir para o debate sobre as alterações na legislação referente ao casamento civil", pois acreditam que apoiar e acompanhar o debate pode colocar os fiéis "no caminho do Evangelho de Jesus." O grupo afirma também que há um “fundamentalismo anacrônico" naqueles que citam a Bíblia para "justificar seus próprios preconceitos".
Alguns hierarcas da igreja, disse Alessio, citado pelo site do diário argentino Página 12, "têm se considerado porta-vozes de Deus, então não discutem com ninguém, pois eles supõem que Deus não muda de opinião".
Alessio e onze colegas do Grupo de Sacerdotes Enrique Angelelli, percorre diariamente as cidades da província de Córdoba para ensinar catequese introduzindo novos temas."Lutamos pela inclusão, pela justiça e contra a pobreza", disse. “É muito natural encontrar casais homossexuais”, afirmou o padre, da Igreja San Cayetano, no bairro de Altamira.
O grupo de sacerdotes afirma que o que a igreja defende não necessariamente corresponde ao que está no Evangelho. "Este é um dos casos". Afirmam num documento elaborado para defender a aprovação do casamento homossexual. Nele, afirmam acreditar que "Jesus nunca definiu uma doutrina para casamento, mas apenas seguir os costumes do seu tempo,num contexto social machista e patriarcal”.
Após as primeiras notícias na imprensa local, começaram as reacções de quem discorda dos sacerdotes. Na capital, pessoas que são contra a mudança na legislação têm convocado protestos e pregado cartazes com frases como: "Não aos caprichos de pervertidos! "e "A família morre".
A reacção do bispo de Córdoba foi imediata. Segundo a agência de notícias estatal argentina, Télam, ele divulgou um comunicado afirmando que as declarações de Alessio e dos outros onze "não representa de forma alguma o sentimento da Igreja Católica" e pediu que os senadores de Córdoba se oponham "para o bem do país e das suas futuras gerações."
Para Alessio, “nem os bispos nem o Papa aceitam a realidade, de que hoje vivemos em um mundo plural”.
Em Córdoba, segundo pesquisas realizadas por institutos privados, 53,4 % da população é contra a lei que estende o casamento civil para homossexuais. Alessio tem disso consciência. "A Córdoba tradicional é conservadora, por isso nos castigam por todos os lados e nos repudiam. Mas é preciso saber que há outra Córdoba, de uma sociedade com pessoas abertas".
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