10 maio, 2010

Israel convidado a entrar na OCDE. A trafulhice nas contas não contam


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Os países da OCDE concordaram hoje convidar a Estónia, a Eslovénia e Israel para se tornarem membros da organização.

A Estónia, Israel e a Eslovénia, juntamente com o Chile, que acaba de depositar o seu dossier para se tornar membro de pleno direito, irão contribuir para uma OCDE mais plural e aberta, que está desempenhando um papel cada vez mais importante na arquitectura económica global ", afirmou o secretário-geral da OCDE Angel Gurría.

Durante quase três anos de negociações para a adesão, os três países foram analisados por 18 comissões da OCDE no que diz respeito à sua conformidade com as normas da OCDE e benchmarks. "Todos os três países têm sido receptivos às recomendações da OCDE sobre questões importantes e as negociações de adesão ter sido abertas e construtivas", disse o Sr. Gurría. "O processo de adesão à OCDE produziu mudanças na política real e reformas em todos os países candidatos à adesão. Uma vez que os países se tornem membros, este processo de transformação continuará. "

[Faltou ponderar que Israel é um país ocupante de território de terceiros, que condiciona a vida, oprimindo e reprimindo violentamente cerca de 4 milhões e meio de seres humanos em razão da sua origem, cultura e religião, dos quais cerca de 1,5 milhão se encontra encerrado num campo de concentração a céu aberto, onde sobrevive à mingua de tudo. Que não respeita o direito internacional, nem os direitos humanos nem o direito humanitário – a Faixa de Gaza. Que destruiu pelo ferro e pelo fogo e sufocou o remanescente da já de si incipiente economia palestina, em todas as suas áreas. Que finalmente trafulhou os dados estatísticos que entregou à Comissão de Estatísticas da OCDE. Afinal parece que os standards da OCDE estão ao nível de Israel. Abaixo da ética, nos negócios, abaixo da seriedade, na política. Aliás Portugal também é um bom exemplo.]

O convite para a Estónia, Israel e Eslovénia integrar a OCDE reconhece os esforços já feitos para reformar as suas economias, inclusive em áreas como a luta contra a corrupção, [nem de propósito vi hoje um artigo sobre a corrupção em Israel, intitulado “A who's who of corrupt Israeli officials” da autoria de Matt Beynon Rees do  GlobalPost que é bem claro sobre o tema, apesar de ter deixado de fora outras personagens ex-governantes e actuais, com processos em aberto – por exemplo o actual MNE Avigdor Liberman ], proteger os direitos de propriedade intelectual e assegurar elevados padrões de governança corporativa, enquanto perspectivam novas reformas.

A OCDE dará as boas-vindas aos três futuros membros numa cerimónia especial durante a reunião anual do Concelho da OCDE, a nível ministerial, que se realizará, a 27 de Maio, em Paris. A reunião será presidida pelo Primeiro-Ministro italiano Silvio Berlusconi.

[Israel e a OCDE irão ter um “oficiante” à sua “altura”]

Entretanto Liberman já hoje afirmou que: “… esta resolução é uma marca de homologação para a economia do país e para as suas realizações em tecnologia.

Salientando “… que a resolução foi unânime, apesar das tentativas de entidades anti-israelitas para impedirem a aceitação de Israel pela OCDE. O facto de tais tentativas terem falhado é a prova da sólida posição de Israel na comunidade internacional e mostra o reconhecimento pelos seus resultados, apesar dos ferozes incitamentos contra, em qualquer imaginável contexto: político, segurança e económico.”

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