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Acrescento à notícia do Público:
Ficaram estipulados quatro meses de negociações indiretas sob a forma de diplomacia de vaivém entre Jerusalém, a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, e em Washington.
[Faço notar que os EUA mais uma vez aceitam negociar em Jerusalém com os israelitas, não respeitando, em minha opinião, a resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, adoptada em 20 de Agosto de 1980 1)].
Apesar de Mahmud Abbas ter aceite abrir estas negociaçõesa, em nome da OLP, parece não existir unanimidade no seio desta organização no tocante a esta decisão.Qais Abu Laila da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, declarou que:
Apesar de Mahmud Abbas ter aceite abrir estas negociaçõesa, em nome da OLP, parece não existir unanimidade no seio desta organização no tocante a esta decisão.Qais Abu Laila da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, declarou que:
"Nós acreditamos que as promessas americanas não representam garantia suficiente de que o processo produza resultados concretos"
Quanto ao Hamas, que não está representado na OLP, condenou esta decisão, tendo o seu porta-voz Fawzi Barhum afirmado que a OLP "perdeu toda a legitimidade".
"Esta decisão constitui um novo alento para o ocupante e para as suas políticas de colonização, servindo apenas os seus interesses e os dos americanos", afirmou Barhum, acusando a Autoridade Palestiniana de Abbas de receber "dinheiro americano" para apoiar as negociações com Israel.
Notas:
1) A resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, adoptada em 20 de Agosto de 1980, declarou que a legislação israelita conhecida como a “Lei Jerusalém”, que declara Jerusalém como "eterna e indivisível capital de Israel", uma violação do direito internacional, afirmando que o Conselho de Segurança não reconheceria tal Lei, e instando os Estados membros a aceitar a decisão do conselho.
Esta resolução também insta os Estados membros a retirar as suas missões diplomáticas da cidade.
A resolução foi aprovada com 14 votos a favor, nenhum contra e com a abstenção dos Estados Unidos.
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