26 junho, 2012

Respigado da crónica de Ana Sá Lopes:
«O filme de ontem – Pedro&Paulo um ano depois – foi uma amostra dessa humanidade básica. É quase impossível defender um ano de governo sob tutela da troika e mesmo com o desastre da execução orçamental em cima, Pedro e Paulo decidiram fazê-lo. Paulo descobriu uma coisa boa no ano de 2012: “A boa notícia é que já passou metade”. Pedro encontrou uma vitória no aumento da despesa do Estado com o subsídio de desemprego: “Por um lado é bom que assim seja, já que isto significa que as pessoas não ficam sem protecção ao receberem subsídios de desemprego”.»

http://www.ionline.pt/opiniao/os-humanos

25 junho, 2012

Richard O'Dwyer

 Oponha-se à extradição para os EUA de um cidadão britânico e europeu sob acusação de violar direitos de autor, que mesmo que sendo provados, teriam sido cometidos em solo britânico e sob jurisdição britânica.
Recorda-se que os EUA não reconhecem juridisção ao Tribunal Penal Internacional de Haia (com mandato para julgar genocídios, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e os crimes de agressão), sobre os seus cidadãos - e todos sabemos porquê...

A LA TRISTEZA


In: "Plenos Poderes" de Pablo Neruda

Tristeza, necesito tu ala negra,
tanto sol, tanta miel en el topacio,
cada rayo sonríe
en la pradera
y todo es luz redonda en torno mío
todo es abeja eléctrica en la altura.
Por eso,
tu ala negra
dame,
hermana tristeza:
necesito que alguna vez se apague
el zafiro y que caiga
la oblicua enredadera de la lluvia
el llanto de la tierra:
quiero
aquel madero roto en el estuario,
la vasta casa a oscuras
y mi madre
buscando
parafina
y llenando la lámpara
hasta no dar la luz sino un suspiro

La noche no nacía.

El día resbalaba
hacia su cementerio provinciano
y entre el pan y la sombra
me recuerdo
a mí mismo
en la ventana
mirando lo que no era
lo que no sucedía
y un ala negra de agua que llegaba
sobre aquel corazón que allí tal vez
olvidé para siempre en la ventana.
Ahora echo de menos
la luz negra.

Dame tu lenta sangre,
lluvia
fría,
dame tu vuelo atónito!
A mi pecho
devuélvele la llave
de la puerta cerrada
destruida,
Por un minuto, por
una corta vida
quítame luz y déjame
sentirme
perdido y miserable
temblando entre los hilos
del crepúsculo,
recibiendo en el alma
las manos
temblorosas
de
la
lluvia.