25 maio, 2010

Austrália não tem dúvidas: Israel foi responsável pelo abuso e contrafacção de passaportes


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Esta expulsão, noticiada no Público, nem sei se chega a ser um mero “puxão de orelhas” à rapaziada da Mossad, ou se é a forma de “limpar-a-face” junto da opinião pública e arrumar - no caso australiano - este dossier no armazém dos fundos.

O certo é que foram cometidos uma série de crimes graves.
  • O assassinato político de Mahmoud al-Mabhouh; 
  • A violação da soberania de um país terceiro, o Dubai, por uma unidade controlada pelas autoridades de um país terceiro, Israel;
  • Contrafacção e abuso de documentos de identificação de países como a Alemanha, a Austrália, a França, a Irlanda e o Reino Unido e sua utilização numa operação terrorista;
  • A apropriação indevida da identidade de cidadãos desses países.
Não há justificação para tais crimes.
Se Mahmoud al-Mabhouh era um criminoso, deveria ter sido perseguido através dos meios legais que um Estado tem ao seu dispor.

O problema começa quando esse mesmo Estado não reconhece os instrumentos internacionais, porque esse reconhecimento implicaria recair sobre a sua alçada por este e outros crimes, bem mais graves como os de genocídio.
Como base para esta expulsão as autoridades australianas tiveram em conta que:
  •        Quatro dos suspeitos de terem participado nesta operação – o assassinato de Mahmoud al-Mabhouh - usaram passaportes australianos;
  •          Uma investigação da polícia australiana concluiu que os serviços secretos de Israel, leia-se Mossad, estiveram por trás da falsificação destes documentos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano Stephen Smith afirmou no Parlamento Australiano:
“Esta investigação deixou o Governo sem quaisquer dúvidas de que Israel foi responsável pelo abuso e contrafacção destes passaportes.”
Ou seja, ficou provado, na Austrália que Israel foi responsável pelo abuso e contrafacção dos passaportes utilizado por quatro dos elementos de um grupo terrorista israelita que assassinou Mahmoud al-Mabhouh.
Entretanto a impunidade de Israel continua. Até quando?

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