Rectificado em 30 de Julho de 2010, 10:10
Neste post tinha sido indicado inicialmente que a Liga Árabe tinha colocado como condição prévia à abertura de negociações directas a existência de "garantias por escrito" dos EUA. Ora a referência devia ter sido Israel. As minhas desculpas.
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Neste post tinha sido indicado inicialmente que a Liga Árabe tinha colocado como condição prévia à abertura de negociações directas a existência de "garantias por escrito" dos EUA. Ora a referência devia ter sido Israel. As minhas desculpas.
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A Liga Árabe deixou nesta quinta-feira a porta aberta para que sejam retomadas as negociações directas entre palestinos e israelitas, mas condicionou esse diálogo a uma negociação "séria" e com "resultados definitivos", segundo a EFE.
"As experiências anteriores (em diálogos entre palestinos e israelitas) só serviram para perder tempo", afirmou o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, no final de uma reunião de um comité especial da organização.
"Queremos que as conversas directas comecem, mas que sejam sérias e definitivas, para chegar a resultados definitivos", acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Hamad bin Yazin bin Gaber Al-Thani.
Israelitas e palestinos mantiveram negociações directas no passado, mas o processo ficou bloqueado há dois anos, após a agressão israelita à Faixa de Gaza.
Embora Israel vocalize o interesse em voltar à mesa de negociações, árabes e palestinos querem se assegurar de que não será um diálogo em vão.
O secretário-geral da Liga Árabe lembrou que essas condições incluem que Israel aceite os limites fronteiriços anteriores à guerra de 1967 e o fim da construção de colonatos nos territórios ocupados.
O ministro do Qatar informou que na reunião desta quinta-feira o comité da Liga Árabe decidiu enviar uma mensagem à Casa Branca dando seu apoio condicionado às negociações directas, "apesar de até agora não enxergarmos resultados".
"Também dissemos que as negociações directas têm que ter um calendário. Não falamos de como e quando elas começariam, porque os palestinos devem decidir os princípios com os quais começariam", acrescentou Al-Thani.
A Liga Árabe, acrescenta Moussa, quer a apresentação de "garantias por escrito" de Israel de que as condições palestinas serão satisfeitas, como um próximo passo para passar à mesa de negociações.
Na reunião desta quinta-feira, Abbas, que chegou ontem ao Cairo, apresentou um relatório sobre os resultados do diálogo indirecto ao comité de acompanhamento da Liga Árabe, mas a reunião decorreu a portas fechadas.
Por enquanto o tema ficou adiado até uma reunião de ministros da Liga Árabe, que será realizada no dia 16 de Setembro, oito dias depois do prazo de quatro meses dado para o fim do diálogo indirecto.
Os árabes estão à espera também das reacções tanto dos EUA como de outras nações ocidentais, que tem vindo a insistir, conjuntamente com Israel, na necessidade de que haja um diálogo directo entre palestinos e israelitas.
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