"L'Osservatore Romano" apelida Saramago de "populista e extremista" - Portugal - DN
Antes o ataque aberto que a desconsideração do silêncio.
Chamar populista a Saramago é tentativa falhada de o denegrir. De facto querendo-o atacar politicamente, acertaram literalmente na sua caracterização.
Saramago foi um populista, pois produziu parte da sua obra, tendo o povo mais simples como tema e retratando-o com simpatia critica, mas sem paternalismo.
De ser extremista... quem mais extremista e radical que Jesus Cristo.
Quanto a ser marxista, ou seja acreditar na utopia de uma sociedade sem classes, numa sociedade mais justa, mais solidária e fraterna é sonho, estou certo, que Jesus Cristo, não desdenharia abraçar.
Quanto à ideologia anti-religiosa, de facto Saramago era ateu confesso e um homem livre a quem agradava desmascarar mitos, superstições, efabulações, tão próprias das religiões. E que o fez com acutilante e certeira arte.
O fel do "L'Osservatore Romano" só tem um efeito: destacar a sua mesquinhez e demonstrar a impiedade dos que se reclamam seguidores de um deus de amor.
Saramago afirmou: "Foi a Morte que inventou deus" (a grafia é minha, pois que só ouvi as suas palavras).
E eu com a devida distância acrescentava... e a religião a justificação para o preconceito, a intolerância e o ódio.
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