Ameer Makhoul
No próximo domingo, 13 de junho,às 12:00, no Tribunal de Haifa, vai ser realizada uma audiência preliminar do julgamento de Ameer Makhoul perante um colectivo de de três juízes.
Ameer Makhoul será acusado de auxílio ao inimigo em tempo de guerra, conspiração para ajudar o inimigo, espionagem agravada e contacto com um agente estrangeiro.
Ameer Makhoul,Director-Geral da Ittijah – União das Associações de Base das Comunidades Árabes e Presidente do Comité para a Defesa das Liberdades Políticas, nega veementemente tais acusações.
A prisão e o interrogatório de Ameer Makhoul foi conduzida violando gravemente os seus direitos fundamentais não respeitando o devido processo legal.
Ameer Makhoul foi preso em sua casa, em Haifa, em 6 de Maio de 2010, às 3:10 da madrugada. Foi imediatamente mantido em isolamento e impedido de contactar com os seus advogados por doze dias após a sua prisão. Durante esse período, foi submetido a duros métodos de interrogatório pela Shabak.
Ameer Makhoul declarou, perante o Tribunal de Petakh Tikvah, que tinham sido usados contra ele severos métodos de interrogatório, que lhe tinham causado tanto danos físicos como psicológicos, e que, como resultado, havia admitido sob coação as falsas acusações feitas pelos inquisidores da Shabak, relativamente a actos que não cometeu.
Os métodos ilegais empregues contra Ameer Makhoul durante os primeiros dias de seu interrogatório incluem prolongada privação de sono e interrogatórios contínuos, estando algemado firmemente a uma cadeira de tamanho mais pequeno que o usual, presa ao chão para impedir que ele se movesse.
As suas mãos foram algemadas à parte de trás da cadeira para que os braços e ombros ficassem repuxados sob tensão para trás.
As suas pernas estavam dobradas para trás, flanqueando a cadeira, com os joelhos voltados para o chão.
Quando, depois de horas de estar preso nesta posição, sob intenso interrogatório, Makhoul se queixou de ter dores excruciantes, os inquisidores da Shabak algemaram as suas pernas à cadeira.
Também o ameaçaram de que ele ficaria permanentemente aleijado neste interrogatório.
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