Público - Bento XVI deplora buscas da polícia belga
Pelo menos na Bélgica, e para já, terá acabado a impunidade. E digo para já porque não se sabe em quê que resultarão as inevitáveis pressões políticas.
A Igreja Católica Belga afirma que ceca de 7 milhões de belgas - cerca de 75% da população total - professa a sua religião. No entanto, como por toda a parte na Europa, a secularização tem feito sentir fortemente os seus efeitos.
Segundo um estudo de Hooghe Marc, Quintelier Ellen & Reeskens Tim, "Kerkpraktijk in Vlaanderen. Trends en extrapolaties 1967-2004." Ethische Perspectieven, 16(2) (2006), pp. 113-123, publicado em de 2006, pelo Centro de Politologia da Universidade Católica de Lovaina, a assistência às missas dominicais caiu abaixo dos 10%.
Números mais recentes, não confirmados, apontam para os 6%.
Mas quantidade não quer dizer poder. O poder está nas elítes que dominam as finanças e a política e estas sabem que tem na Igreja Católica Apostólica Romana uma sua incondicional aliada.
É interessante anotar a reacção de Bento XVI, um cumplíce de sempre da política de silêncio que sempre envolveu os crimes de pedofília e não só.
Cumplice porque sabia e escondeu!
Era impossível desconhecer, sendo desde 1981 perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé, nomeado pelo Papa João Paulo II, cargo que manteve até ser eleito Papa em Abril de 2005.
A missão da Congregação para a Doutrina da Fé é promover e salvaguardar a doutrina sobre a fé e a moral católica em todo o mundo: Por esta razão, tudo aquilo que, de alguma maneira, tocar estes temas cai sob sua competência e assim claramente os casos de abuso sexual.
Mas o maior crime não foi o silêncio. Foi o beneplácito à política de realocação aministrativa de clérigos noutras paróquias onde, na maioria das vezes, voltavam a reincidir no abuso sexual.
NR: Veja sobre este tema a apresentação do livro "Sexo, Padres e Códigos Secretos - 2.000 anos de abuso sexual na Igreja Católica"
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