Frequentemente tenho referido a existência de organizações e de movimentos, judaicos, muitas vezes abertos à participação de não-judeus, que proliferam, quer em Israel - num esforço corajoso e heróico, contra a repressão sobre eles exercida - quer por esse mundo fora, e as suas iniciativas.
Não sendo judeu, pretendo com esta linha editorial:
- por um lado, combater o anti-semitismo que se vai gerando face a actuação criminosa, sob o ponto de vista do direito internacional e humanitário, de sucessivos governos do Estado de Israel - com a cumplicidade, diga-se, dos EUA e seus aliados e satélites - contra o Povo Palestino, que vê a sua terra sob ocupação militar há mais de 63 anos;
- e por outro, salientar uma das componentes do movimento de solidariedade com o Povo da Palestina, que tem vindo a crescer e se reforçar, no dia-a-dia.
Na Europa esses movimentos, que não existem em todos os países, têm-se mostrado, no geral, discretos e tem se integrado nas campanhas de solidariedade mais gerais.
Em Portugal não existe qualquer movimento autónomo e os judeus que são solidários com a Palestina, poucos que eu saiba, participam nas iniciativas que por aqui se vão realizando.
Nos EUA existe um maior dinamismo como é patente em organizações como a JStreet ou a Jewish Voice for Peace, cujos links poderão encontrar neste blog.
Diz o Público que:
"A iniciativa, Um barco judaico para Gaza, partiu do grupo alemão Jüdische Stimme für gerechten Frieden in Nahost (Uma Voz Judaica para a Paz no Médio Oriente), a ela tendo aderido outras organizações judaicas que afirmam representar "a grande voz alternativa dos judeus na Europa", e que entendem que o bloqueio a Gaza "é um acto altamente imoral, que obriga as pessoas a viver nas ruínas das suas casas".
Esta iniciativa conjunta dos judeus alemães, dos seus amigos da EJJP (European Jews for a Just Peace in the Near East) e dos britânicos, JFJFP - Jews for Justice for Palestinians é um marco na afirmação dos judeus europeus e um sinal que o governo nacional-"sionista" de Netanyahu está a ficar cada vez mais isolado.
PS: A propósito de organizações judaicas europeias leia o post Judeus europeus por uma paz justa, de 5 de Fevereiro de 2009, inicialmente publicado no Fórum Palestina.
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