03 agosto, 2010

Filhos de imigrantes em Israel correm risco de deportação

Israel aprovou hoje novos critérios de residência que podem resultar na deportação de centenas de filhos de estrangeiros que trabalham no país.

Com a decisão tomada hoje, em reunião ordinária do governo, Israel pretende resolver a situação de milhares de estrangeiros que trabalham em seu território.

No entanto, segundo o texto aprovado, os filhos de imigrantes cujos pais entraram legalmente em Israel poderão permanecer no país somente se estiverem matriculados na escola, falarem hebraico fluentemente e estiverem no país há mais de cinco anos.

O grupo de defesa dos imigrantes Linha Directa com os Trabalhadores Estrangeiros calcula que entre 700 a 1.200 filhos de imigrantes em idade escolar correm o risco de serem deportados, assim como seus pais.

Cerca de 200 mil estrangeiros trabalham e moram em Israel, a maior parte deles vindos das Filipinas, da China e de diversos países africanos. Cerca de metade desses imigrantes está com o visto de trabalho vencido. Muitas destas crianças nasceram já em Israel e só falam hebraico.

Segundo a BBC, Netanyahu afirmou que o controlo da imigração é em grande parte para preservar o carácter judeu de Israel e que o seu governo pretende deportar todos os imigrantes ilegais até 2013.

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