"Hoje, 5 de Outubro de 1910, às onze horas da manhã, foi proclamada a República de Portugal na sala nobre dos Paços do Município de Lisboa, depois de terminado o movimento da Revolução Nacional."
Nascia assim em Portugal um novo regime grávido de esperanças e de valores sob as consignas de Pátria e Liberdade.
Morria na mesma hora a Monarquia em Portugal e a distinção sem razão dos "direitos de sangue".
Hoje há quem assaque à República, hipocritamente, os erros de uma época, querendo que nos esqueçamos, que a República foi um passo em frente, naquele tempo e contexto, em muitos campos.
Eu guardo antes os valores altruístas da República e a memória dos que deram ou arriscaram a vida por esses ideais, que hoje nos sabem a pouco, mas que naquele tempo, para alguns já eram demais, como cedo se veio a provar.
São o código genético desses valores altruístas que vamos encontrar hoje expressos, de forma mais evoluída é certo, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e que importa aqui recordar, neste momento, até porque muito falta para lhe dar cumprimento em toda a sua extensão:
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
... "
Por isso "Viva a República!", pois apesar de não ter cumprido 100 anos, enquanto tal, faz hoje 100 anos que foi proclamada.
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