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Novembro de 2010 – RESUMO
Em Novembro, o DCI-Palestina continuou a recolher informações relativas à detenção de crianças em Silwan, na parte ocupada de Jerusalém Oriental. Desde o início de Outubro de 2010, o DCI documentou os casos de 23 crianças acusadas de atirar pedras no bairro que enfrenta [ameaças] de demolição parcial e de tensões crescentes com os colonos da região.
Tem havido crescente preocupação de que muitas dessas crianças estão sendo maltratadas durante a sua detenção, e que lhe são negados uma série de direitos básicos garantidos pela lei israelita.
Estas preocupações foram recentemente levantadas numa carta assinada por 60 proeminentes profissionais [na área das crianças] de Israel e [endereçada em 24 de Novembro de 2010] ao primeiro-ministro Netanyahu. A questão é também tema de um recente relatório [Caution: Children Ahead - The Illegal Behavior of the Police toward Minors in Silwan Suspected of Stone Throwing] publicado pelo B'Tselem [organização israelita para os direitos humanos nos territórios ocupados].
Sobre o número de crianças presas:
Sobre o número de crianças presas:
Anualmente cerca de 700 crianças palestinas, algumas tão jovens quanto os 12 anos, [e até de 7anos. Veja-se o caso de Adam R.- Em 24 de novembro de 2010, um menino de 7 anos de Silwan, em Jerusalém Oriental, nos Territórios Palestinos Ocupados, é suspeito de atirar pedras e espancado por soldados] são detidas e acusadas no sistema judiciário militar israelita.
A acusação mais comum é a de atirar pedras. A esmagadora maioria dessas crianças ficam detidas dentro de Israel, em clara violação do artigo 76.º da Quarta Convenção de Genebra.
Número total de crianças palestinas em prisões israelitas, no final de cada mês, desde Jan/2008
Nota: Estes valores não são cumulativas
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
2008 327 307 325 327 337 323 324 293 304 297 327 342 319
2009 389 423 420 391 346 355 342 339 326 325 306 305 355
Recomendações
Nenhuma criança deve ser processada em tribunais militares que carecem de julgamento justo e abrangente e de padrões de justiça juvenil. A DCI-Palestina recomenda, como um mínimo de salvaguarda à luz dos consistentes relatos de maus tratos e tortura, que as autoridades israelitas:
1. Assegurem que nenhuma criança é interrogada na ausência de um advogado da sua escolha e de um membro da sua família;
2. Assegurem que todos os interrogatórios de crianças são vídeos gravados;
3. Assegurem que todas as provas suspeitas de serem obtidas por meio de maus-tratos ou tortura sejam rejeitadas pelos tribunais militares;
4. Assegurem que todas as alegações credíveis de maus-tratos e tortura sejam exaustiva e imparcialmente investigadas e aqueles que forem considerados responsáveis por esses abusos sejam levados à justiça.
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