A Assembleia Geral da ONU concluiu um debate de dois dias, (ver comunicado de imprensa), sobre a questão da Palestina e a situação no Médio Oriente adoptando seis resoluções.
- A proposta de resolução sobre o Comité para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino (documento A/65/L.14), foi adoptada por 112 votos a favor, 9 votos contra (Austrália, Canadá, Estados Unidos, Israel, Japão, Ilhas Marshall, Micronésia (Federação dos Estados da), Nauru e Palau) e 54 abstenções, entre elas a de Portugal e dos restantes países da União Europeia.
- A proposta de resolução sobre a Divisão para os Direitos Palestinos do Secretariado (documento A/65/L.15), foi adoptada por 110 votos a favor, 9 votos contra (Austrália, Canada, Estados Unidos, Israel, Ilhas Marshall, Micronésia (Federação dos Estados da), Nauru, Nova Zelândia e Palau) e 56 abstenções, entre elas a de Portugal e dos restantes países da União Europeia.
- A proposta de resolução sobre o Programa especial de informação sobre a questão da Palestina do Departamento de Informação Pública do Secretariado (documento A/65/L.16), foi adoptada por 167 votos a favor, (entre eles o de Portugal), 8 votos contra (Austrália, Canada, Estados Unidos, Israel, Ilhas Marshall, Micronésia (Federação dos Estados da), Nauru e Palau) e 2 abstenções, Camarões e Tonga.
- A proposta de resolução sobre o Acordo pacífico da questão da Palestina (documento A/65/L.17), foi adoptada por 165 votos a favor, (entre eles o de Portugal), 7 votos contra (Austrália, Estados Unidos, Israel, Ilhas Marshall, Micronésia (Federação dos Estados da), Nauru e Palau) e 4 abstenções, Camarões Canadá, Costa do Marfim e Tonga.
- A proposta de resolução sobre Jerusalém (documento A/65/L.18), foi adoptada por 166 votos a favor, (entre eles o de Portugal), 6 votos contra (Estados Unidos, Israel, Ilhas Marshall, Micronésia (Federação dos Estados da), Nauru e Palau) e 4 abstenções, Austrália, Camarões, Panamá e Tonga.
- A proposta de resolução sobre o Golan Sírio (documento A/65/L.19), foi adoptada por 118 votos a favor, 7 votos contra (Canada, Estados Unidos, Israel, Ilhas Marshall, Micronésia (Federação dos Estados da), Nauru e Palau) e 52 abstenções, entre elas a de Portugal e dos restantes países da União Europeia.
Como se verifica em todas as votações realizadas a 30 de Novembro na Assembleia Geral da ONU, os Estados Unidos acompanhou, votando contra, Israel, contando ainda com o exíguo apoio das Ilhas Marshall, da Micronésia, de Nauru e de Palau.
Enquanto a Austrália apoiou Washington e Tel Aviv em quatro das resoluções, o Canadá na mesma quantidade, mas em diferentes textos, e o Japão e a Nova Zelândia apenas em uma, também elas diferentes.
De diferentes ângulos, todos os documentos exigem a Israel a retirada dos territórios palestinos ocupados, o fim da construção dos colonatos e o cumprimento das resoluções da ONU sobre o Médio Oriente.
Além disso, reiteram a defesa dos direitos inalienáveis do povo palestino, entre eles, a sua livre autodeterminação, um dos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas.
Assim podemos afirmar que ficou claro o isolamento dos Estados Unidos e de Israel, sobre as questões do Médio Oriente em geral e sobre a questão Palestina em especial.
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