09 novembro, 2010

O unilateralismo israelita exige o reconhecimento internacional imediato do Estado palestino

Comunicado da OLP de 9 de Novembro de 2010

O negociador palestino, Dr. Saeb Erekat afirmou hoje que "o mais recente anúncio de Israel de mais construções nos colonatos é uma ameaça suplementar ao já estagnado processo de negociações. Este último acto unilateral israelita exige uma acção internacional drástica para o imediato reconhecimento do Estado palestino, nas fronteiras de 4 de Junho de 1967."

Ontem, 8 de Novembro, o governo israelita anunciou um plano para 1.300 novas unidades habitacionais nos colonatos de Har Homa e de Ramot, a serem construídas ilegalmente em terras ocupadas em Beit Sahour e Jerusalém Oriental. Este anúncio foi rapidamente seguido esta manhã por notícias do início da construção, de iniciativa privada, de cerca de 800 unidades no colonato de Ariel no norte da Cisjordânia.

"Uma vez mais, no momento em que esperávamos que o primeiro-ministro Netanyahu anunciasse um congelamento dos colonatos em Washington, ele enviou aos palestinos e à administração dos EUA uma mensagem clara de que Israel escolhe os colonatos, e não a paz. Netanyahu enviou a mesma mensagem, durante a visita do vice-presidente dos EUA Biden em Março passado, [a Israel] ao anunciar um plano para construir 1.600 unidades no colonato de Ramat Shlomo" declarou o Dr. Erekat.

"O projecto de colonização de Israel, compreende não só os actuais colonatos, mas também o Muro, estradas exclusivas para colonos, e restrições à circulação dos palestinos, não é mais que um processo premeditado para matar a possibilidade de um Estado palestino independente".

Conclamando a comunidade internacional para que intervenha imediata e corajosamente para salvar a solução dos dois Estados e a possibilidade de uma paz duradoura, o Dr. Erekat acrescentou, "Israel está agindo como um Estado acima da lei, e a comunidade internacional deve reagir. Se, com a construção de colonatos, Israel quer boicotar a criação de um Estado palestino soberano, o mundo deve responder pelo reconhecimento do Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital."

O Dr. Saeb Erekat acrescentou ainda que "é tempo para decisões duras. Infelizmente, a comunidade internacional continua a apoiar um processo de paz que nada tem de paz e muito de processo. Não aceitaremos mais o status quo que apenas tem permitido a Israel consolidar a ocupação da nossa terra ".

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