É interessante notar que a Standard & Poor's (S&P), constitui com a Moody’s e a Fitch Ratings, todas elas empresas privadas americanas, a tríade que domina e determina as notações financeiras a nível mundial.
Dá que pensar, verificar como as economias dos países deste mundo estão tão fortemente vulneráveis a notações provenientes de empresas que representam, naturalmente, em primeiro lugar, os interesses dos seus accionistas, que em posição determinante, a qualquer momento, poderão impor a sua vontade, alterando a verdade ou escolhendo o timing para dar publicidade a uma dada notação - considere a probabilidade de tal acontecer face ao comportamento conhecido da esmagadora maioria dos gestores financeiros americanos (e internacionais) que estiveram na origem da "crise do subprime" - e sedeadas num país onde quase tudo é permitido para ganhar um dólar.
Ainda a 10 de Março passado, o Procurador-Geral do Estado do Connecticut, Richard Blumenthal, anunciou que processou a S&P e a Mooddy's alegando que eles enganaram investidores sobre a solidez de certos tipos de investimentos, tendo injustamente recolhido centenas de milhões de dólares em receitas.
Ao contrário de outros processos recentes contra as agências de notação de crédito - incluindo um de Blumenthal apresentado em Julho último - que visavam ressarcir os investidores individuais das perdas sofridas, este processo baseia-se no alegado não cumprimento das leis estaduais de defesa do consumidor, por aquelas empresas de notação.
Na conferência de imprensa então realizada, segundo notícia do jornal "The Hartford Courant, assinada por Eric Gershon, Blumenthal foi peremptório ao declarar: "Eles mentiram!"
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