03 julho, 2009

Relator Especial da ONU denunciou a detenção ilícita dos "Free Gaza 21"

O Relator Especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados desde 1967, Richard Falk, denunciou a detenção ilícita em alto mar por forças navais israelitas de um navio que transportava remédios e materiais para reconstrução para o sitiado povo de Gaza.

"Esta acção israelita implementa o seu cruel bloqueio de toda a população palestina da Faixa de Gaza, em violação do artigo 33 º da Quarta Convenção de Genebra que proíbe qualquer forma de punição colectiva dirigida a um povo ocupado", disse o especialista em direitos humanos.

Na ocasião Richard Falk chamou a atenção para um recente relatório sobre o impacto sobre a saúde resultante do bloqueio, que dura já há dois anos, emitido pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha, sublinhando que as acções israelitas, não só restringem abastecimentos vitais como alimentos, medicamentos e combustível abaixo dos níveis de subsistência, mas ainda de uma forma sem precedentes, rejeitando a entrada m Gaza de materiais de construção e peças sobresselentes necessárias à reparação dos danos generalizados, causados pelos seus ataques na Faixa de Gaza, que se prolongaram por 22 dias, com início a 27 de Dezembro de 2008.

"Este padrão de bloqueio contínuo sob estas condições, significa uma tão grave violação das Convenções de Genebra que constitui um crime continuado contra a humanidade", acrescentou o perito independente para os direitos humanos.

O barco em questão tinha sido inspeccionado antes da partida pelas autoridades do porto de Chipre em resposta às exigências israelitas a fim de determinar se havia armas a bordo. Nada foi encontrado, e as autoridades israelitas foram disso informadas.

No entanto, os 21 activistas da paz que estavam no barco foram presos, mantidos em cativeiro, e foram acusados de "entrada ilegal" em Israel, embora eles não tivessem qualquer intenção de ir para Israel. O grupo incluía figuras proeminentes, tais como o irlandês Prêmio Nobel da Paz, Mairead Maguire, e a ex-congressista americana Cynthia McKinney.

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