Agora são os soldados que contam as atrocidades que foram cometidas. De viva voz!
Mas já antes tais crimes eram conhecidos e denunciados, veja-se o post "Bandeira Negra " da autoria de Uri Avnery, aqui publicado, a 3 de Fevereiro.
O que agora fica claro, se dúvidas existissem, até que ponto a ideologia colonialista e racista penetrou na sociedade israelita.
Um palestino há muito que deixou de ser um ser humano. Aos olhos de muitos israelitas, é apenas uma coisa, nalguns casos, um mero número, e as coisas destroem-se se perdem a sua utilidade.
Lê-se no Público de hoje: As vidas dos palestinianos, digamos que, é algo muito, mas muito menos importante do que as vidas dos nossos soldados.
Entre os "eleitos" e os da "raça superior" as diferenças, infelizmente, desvanecem-se a cada instante.
É tempo de lhes dizer: Acabou-se o crédito moral!
Estes assassinos não merecem referir, nunca mais, esses 6 milhões de mortos, que hoje são cada vez mais nossos do que deles.
Porque nós perpetuamos a sua memória, e encontramos também nela a força para combater a injustiça e os crimes contra a humanidade.
Mas para muitos deles, essas memórias, são apenas oportunistas bandeiras de auto-vitimização, álibis do momento, meros spots ou jingles da sua propaganda que nada fica atrás da dos carrascos dos seus antepassados.
Memórias conspurcadas, desde há mais de sessenta anos, pelo sangue de tantos outros inocentes como eles.
Eles são nossos! Porque para nós a sua memória é o acicate para que tal nunca mais se repita, muito menos na Palestina.
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