09 agosto, 2009

Barak reconhece que tem um interlocutor para a Paz?

Em declarações à imprensa antes de entrar para o conselho de ministros israelita semanal, realizado hoje, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak qualificou de "graves e inaceitáveis" a "retórica e as posturas" defendidas no congresso do movimento palestino Fatah, destacando no entanto, que Israel "precisa perceber que não há mais solução para o Médio Oriente que a de um acordo".
"Peço a Abu Mazen (o presidente palestino e líder do Fatah, Mahmoud Abbas) que inicie negociações sérias connosco, e peço aos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Obama, que conduza um processo de paz no Médio Oriente, que inclua os palestinos, a Síria e outros países", acrescentou.
Nota:
Recomendo a leitura do que Uri Avnery escreveu na sua crónica 10 maneiras de matar a Fatah para que se entenda como é grande a hipocrisia de Ehud Barak e difíceis os caminhos da paz para a Palestina. aqui fica um pequeno apontamento:
"As coisas chegaram ao clímax na conferência de Camp David, em 2000.

Ehud Barak, o então primeiro-ministro, iniciou a conferência e, de seguida, ele próprio a afundou com uma mistura de arrogância e ignorância.

Nos dias seguintes, em vez de declarar que as negociações iriam continuar até que a paz fosse alcançada, ele espalhou o mantra "Não há ninguém para falar connosco! Nós não temos nenhum parceiro para a paz!”

...

Barak não só destruiu a "esquerda sionista", mas também de um golpe esmagou a Fatah, o movimento que havia prometido aos palestinos a paz com Israel.

Não contente com isso, Barack permitiu que Ariel Sharon levasse a cabo a sua provocadora visita ao Monte do Templo, acompanhado por centenas de soldados e policiais.

Assim, provocou a eclosão da Segunda Intifada e preparou o terreno para Sharon chegar ao poder."

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