A polícia de Israel deteve ontem, terça-feira, a laureada jornalista israelita, correspondente do Haaretz, Amira Hass após esta ter regressado da Faixa de Gaza, onde se encontrava nos últimos meses por motivos profissionais.
Amira Hass foi detida num posto de controlo quando saia da Faixa de Gaza e levada para interrogatório, acusada de violar uma lei que proíbe um cidadão de Israel de residir num estado inimigo.
Posteriormente foi libertada sob fiança após ter-se comprometido a não entrar na Faixa de Gaza nos próximos 30 dias.
Amira Hass é a primeira jornalista israelita a entrar na Faixa de Gaza nos últimos dois anos, desde que as Forças de Defesa de Israel proibiram a sua entrada na Faixa de Gaza no seguimento da captura do soldado Gilad Shalit, em 2006, por militantes palestinos.
Em Dezembro passado, mais precisamente no dia 1, Amira Hass já tinha sido presa, no posto de controlo de Erez quando regressava a Israel, após ter entrado na Faixa de Gaza, por mar, há semanas atrás, a bordo do “Dignity”, um navio do movimento internacional “Free Gaza”, que pela segunda vez rompia o bloqueio naval israelita a Gaza, para assim fazer a cobertura do evento.
Ao descobrirem que ela não tinha autorização para estar em Gaza, os soldados transferiram-na para o posto de polícia de Sderot.
Quando questionada, Amira Hass salientou que ninguém a tinha proibido de entrar na Faixa de Gaza, o que fizera, como jornalista, para trabalhar.
Hass foi libertada em seguida, sob medidas de coação, e o Superintendente Shimon Nahmani, comandante da polícia em Siderot, disse então que o seu caso seria levado a tribunal.
Também por essa ocasião a presidente do Conselho de Imprensa Dalia Dorner, que anteriormente exercera funções no Supremo Tribunal de Justiça, comentou que, mesmo os jornalistas estão sujeitos à lei e o Conselho não pode defender um repórter que viole a lei. Em vez disso, afirmou, os jornalistas deveriam apresentar uma petição ao Supremo Tribunal de Justiça contra a ordem do exército.
Amira Hass foi detida num posto de controlo quando saia da Faixa de Gaza e levada para interrogatório, acusada de violar uma lei que proíbe um cidadão de Israel de residir num estado inimigo.
Posteriormente foi libertada sob fiança após ter-se comprometido a não entrar na Faixa de Gaza nos próximos 30 dias.
Amira Hass é a primeira jornalista israelita a entrar na Faixa de Gaza nos últimos dois anos, desde que as Forças de Defesa de Israel proibiram a sua entrada na Faixa de Gaza no seguimento da captura do soldado Gilad Shalit, em 2006, por militantes palestinos.
Em Dezembro passado, mais precisamente no dia 1, Amira Hass já tinha sido presa, no posto de controlo de Erez quando regressava a Israel, após ter entrado na Faixa de Gaza, por mar, há semanas atrás, a bordo do “Dignity”, um navio do movimento internacional “Free Gaza”, que pela segunda vez rompia o bloqueio naval israelita a Gaza, para assim fazer a cobertura do evento.
Ao descobrirem que ela não tinha autorização para estar em Gaza, os soldados transferiram-na para o posto de polícia de Sderot.
Quando questionada, Amira Hass salientou que ninguém a tinha proibido de entrar na Faixa de Gaza, o que fizera, como jornalista, para trabalhar.
Hass foi libertada em seguida, sob medidas de coação, e o Superintendente Shimon Nahmani, comandante da polícia em Siderot, disse então que o seu caso seria levado a tribunal.
Também por essa ocasião a presidente do Conselho de Imprensa Dalia Dorner, que anteriormente exercera funções no Supremo Tribunal de Justiça, comentou que, mesmo os jornalistas estão sujeitos à lei e o Conselho não pode defender um repórter que viole a lei. Em vez disso, afirmou, os jornalistas deveriam apresentar uma petição ao Supremo Tribunal de Justiça contra a ordem do exército.
Amira Hass é uma proeminente jornalista e escritora israelita conhecido principalmente pela sua coluna no jornal Ha'aretz. É particularmente reconhecida pelo seu trabalho jornalístico sobre os assuntos palestinos, desde a Cisjordânia e Gaza, onde também viveu durante alguns anos.Filha de dois sobreviventes do Holocausto (Bergen-Belsen), Amira Hass nasceu em Jerusalém, e foi educada na Universidade Hebraica de Jerusalém, onde estudou a história do nazismo e a Esquerda Europeia com o Holocausto.
No início de sua carreira, viajou bastante e tendo tido diversos empregos.
Frustrada com os acontecimentos da Primeira Intifada, iniciou a sua carreira jornalística, em 1989, como editora do jornal israelita Ha'aretz, tendo, a partir de 1991, passado a trabalhar directamente dos territórios palestinos.
Vivendo, desde 1993, na Faixa de Gaza, e em Ramallah, desde 1997, a partir de 2003, ela é a única jornalista judia israelita que vive a tempo inteiro, entre os palestinos.
Amira Hass recebeu em 2000, o prémio Press Freedom Hero instituído pelo International Press Institute, em 2002, o galardão Bruno Kreisky Human Rights Award, em 2003, o prémio da UNESCO, Guillermo Cano World Press Freedom Prize, e em 2004, o galardão inaugural atribuído pelo Anna Lindh Memorial Fund.
O seu trabalho é geralmente solidário com o ponto de vista palestino e crítico da política do governo israelita para com os palestinos.
No entanto, durante os anos da Intifada de Al-Aqsa, no entanto, altamente Amira Hass publicou diversos artigos altamente críticos sobre o caos e a desordem causada pelas milícias associadas ao partido Fatah de Yasser Arafat e à sangrenta guerra entre facções palestinas em Nablus.A sua descrição dos acontecimentos, e a expressão de opiniões que contrariam as posições oficiais, quer israelitas, quer palestinas expôs Amira Hass aos ataques verbais, e à oposição de ambas as autoridades, israelitas e palestina.
Recentemente Amira Hass definiu Israel como um estado apartheid, com privilégios reservados principalmente para os judeus. Afirmando:
“Os palestinianos, como povo, estão divididos em subgrupos, algo que faz lembrar a África do Sul sob a lei do apartheid.”
Em Junho de 2001, a Juíza Rachel Shalev-Gartel, Magistrada do Tribunal de Jerusalém decidiu que Hass tinha difamado a comunidade judaica do colonato de Beit Hadassah, em Hebron, e sentenciou-a a pagar 250.000 shekels (cerca de 60,000 dólares) por danos.
Amira Hass havia relatado o testemunho de palestinos que viram colonos israelitas a profanar o corpo de um militante palestino que tinha sido morto pela polícia israelita; os colonos alegaram que tal nunca acontecera e que Hass tinha contado a história com intenções malévolas.
O juiz presidente decidiu em favor dos colonos.
O Ha'aretz declarou que não teve tempo para organizar a defesa do caso, e anunciou que iria recorrer da decisão.
Hass fez notar que tinha apresentado informações adquiridas a partir da comunidade palestiniana, e afirmou que era da responsabilidade dos editores de jornal fazer o cruzamento da informação com as outras entidades envolvidas FDI e comunidade do colonato.
A 1 de Dezembro de 2008, Amira Hass, que havia viajado para Gaza a bordo de um navio do Movimento “Free Gaza”, um movimento internacional de direitos humanos, furando assim o bloqueio marítimo a Gaza, foi detida pela polícia israelita, no seu retorno a Israel por estar em Gaza sem licença.
A 12 de Maio de 2009 Amira Hass foi novamente presa pela polícia israelita num posto de controlo entre a Faixa de Gaza e Israel, quando mais uma vez regressava a Israel, acusada de violar uma lei que proíbe um cidadão de Israel de residir num estado inimigo.
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